Brasil negociou imunidade a militares americanos

http://xprojectmanagement.com/wp-content/uploads/2010/09/negotiation1.jpgDurante anos, o governo americano pressionou o Brasil a assinar um acordo que garantia imunidade judicial a cidadãos americanos que estiverem no país, em especial um tipo de “blindagem” contra o alcance do Tribunal Penal Internacional  (TPI).

Documentos revelados pelo WikiLeaks mostram que o governo brasileiro chegou a acenar com um acordo “informal” nesse sentido, mas depois recuou.

Mesmo assim, de fato, o Brasil permite uma “blindagem” legal a crimes cometidos por militares americanos em território nacional.

Soldados americanos não podem ser processados pela justiça brasileira se cometerem crimes dentro de navios ou aviões militares dos EUA, ou se cometerem crimes durante a realização de exercício militares.

Artigo 98

Entre 2003 e 2008, os Estados Unidos empreenderam uma forte campanha para blindar os seus cidadãos da jurisdição do Tribunal Penal Internacional em Haia,  que EUA não reconhecem como legítimo.

Em 2003, o governo de George W Bush aprovou uma lei destinada a proteger seus militares de serem julgados por cortes internacionais. Com base no American Service Members Protection Act, o governo começou a pressionar diversos países a assinarem um acordo chamado Artigo 98, segundo o qual se comprometem a não extraditar cidadãos americanos ao TPI.

A pressão chegou até o Brasil.

“Os Estados Unidos têm responsabilidades globais que criam circunstâncias únicas”, defendeu a atual secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em fevereiro de 2005, quando ainda era senadora. “Por exemplo, somos mais vulneráveis ao mau uso de uma corte criminal internacional por causa do papel internacional que temos e dos ressentimentos que surgem por causa da nossa presença ubíqua em todo o mundo”.

Pra quem não assinar, sanções

Embora a atual administração de Barack Obama seja menos radical na oposição ao Tribunal, o empenho do governo Bush garantiu imunidade a cidadãos americanos em mais de cem países através de acordos do Artigo 98 que continuam em vigor.

Outros países que não cederam sofreram sanções – desde cortes de financiamentos e treinamento às forças armadas até o fim de assistência econômica. Países como Mali, Namíbia, África do Sul, Tanzânia e Quênia, que rejeitaram publicamente o acordo em 2003, perderam milhões de dólares em auxílio para programas de desenvolvimento econômico.

O TPI tem investigado casos importantes no continente africano, incluindo massacres em Uganda, na República Democrática do Congo e no Sudão.

No Brasil, os EUA pressionaram ao acabar com uma subvenção que era dada para militares brasileiros para participar de cursos militares oferecidos pelas Forças Armadas daquele país, conforme um telegrama de março de 2004.

“Antes da imposição das sanções, o Ministério da Defesa brasileiro avisou que ia buscar treinamento militar e troca de oportunidades em outro lugar se o Brasil fosse obrigado a pagar o preço total do treinamento militar. Quase nove meses depois, o Ministério da Defesa realmente mudou grande parte do seu treinamento”.

O telegrama nota que desde 2003 a maior parte do treinamento militar brasileiro no exterior passou a ser realizado na França e no Reino Unido, mas também há exercícios na China, na Índia e na África do Sul. Segundo o telegrama, muitos militares brasileiros disseram querer voltar a se aproximar das forças americanas, mas o governo considerava “inaceitável” o aumento dos preços.

Jeitinho brasileiro

“Vocês precisam pensar fora da caixinha”, teria dito o secretário da Divisão das Nações Unidas do Itamaraty, Achiles Zaluar, ao secetário assistente americano para Assuntos Político-Militares,  Lincoln Bloomfield Jr, em 14 de maio de 2004. Segundo ele, “o Brasil extraditaria (cidadãos americanos) para os EUA antes (de mandar para o) Tribunal Penal Internacional”.

Na mesma conversa, Zaluar teria explicado que o TPI tinha grande apoio no Brasil e que o governo não queria dar a impressão de que a lei internacional não se aplicava a alguns países.

“As coisas seriam diferentes se estivéssemos falando somente sobre oficiais e soldados americanos. Mas uma carta branca para todos os cidadãos americanos poderia ser prejudicial se (essa política) fosse aplicada por todos os países da Corte Penal”.

Zaluar também teria dito que o processo de extradição no Brasil é similar ao da União Européia e que o Brasil poderia oferecer “garantias adicionais” se fosse necessário.

Extradição “inimaginável”

Nos meses seguintes a pressão americana continuou intensa.

Um telegrama de 14 de julho relata um encontro entre o representante político da embaixada em Brasília com o diretor do Departamento de Organismos Internacionais do Itamaraty, Carlos Duarte.  Ele teria reafirmado que o Brasil apoia fortemente a Corte Penal Internacional, mas isso não impediria  “uma alternativa mutualmente aceitável” ao Artigo 98.

“Repetindo uma posição de longa data do governo brasileiro, Duarte comentou que nem ele nem seus superiores concebiam nenhuma ocasião em que o Brasil submeteria cidadãos americanos em solo brasileiro à jurisdição do Tribunal Penal Internacional”, descreve o diplomata Patrick Duddy, para quem a garantia brasileira parecia “sincera”.

Duarte teria dito ainda que “as preocupações dos EUA que levaram a essa posição são claramente compreendidas pelo governo brasileiro”. E enfatizou a vontade do Brasil de encontrar uma solução – até propôs um novo texto para o acordo.

“Ele sugeriu que o governo americano submetesse outra proposta com um texto modificado que se referisse exclusivamente aos militares e funcionários americanos em vez de a todos os cidadãos”.

As negociações por um acordo que blindasse os americanos chegaram a um final em 2005, segundo os telegramas obtidos pelo WikiLeaks. Em 28 de abril, o  embaixador Antônio Guerreiro se encontrou com o secretário-assistente para Não-Proliferação de Armas, Stephen G. Rademaker. Foi taxativo, deixando clara a mudança de postura do Itamaraty.

O embaixador John Danilovich descreve que “Guerreiro educadamente mas inequivocadamente falou que o Brasil não assinaria um acordo sobre o Artigo 98 com os EUA e vê essa idéia como insolúvel”. Em diversos telegramas seguintes, a embaixada comandada por John Danilovich considera que conseguir o acordo seria muito difícil por conta da oposição do Ministério de Relações Exteriores.

Garantias de facto

Ao mesmo tempo, os EUA buscavam garantias para seus soldados que periodicamente vêm ao Brasil para realizar exercícios militares conjuntos.

“Apesar do governo brasileiro ter dado suas garantias escritas usuais para os militares participando desses exercícios, a embaixada entende que o departamento de Estado queira padronizar as proteções oferecidas”, diz um telegrama de 24 de março de 2005.

“Devemos ressaltar que nas décadas em que os EUA e o Brasil têm colaborado em exercícios militares, o governo brsaileiro sempre respeitou todas as normas e imunidades relativas ao nosso pessoal envolvido nesses exercícios  — e não temos conhecimento de nenhum incidente afetando pessoal dos EUA que o governo brasileiro não tenha resolvido prontamente em nosso benefício”.

O embaixador John Danilovich explica em seguida como deveria ser a proposta de um acordo para proteção dos militares americanos.

Entre as condições estão a isenção de taxas de importação de equipamentos e a permissão para contratação de empresas privadas pelos militares estrangeiros. Danilovich conclui que “o Brasil já concorda com um status administrativo e técnico de facto para o pessoal militar americano que participa de exercícios militares”.

Esse status, conhecido como A&T,  estabelece imunidades a forças militares de jurisdição criminal e civil – desde que a contravenção tenha sido realizada durante o cumprimento do serviço militar.

Itamaraty X Defesa, de novo

A resposta do Itamaraty foi firme. Em 31 de maio de 2005, um telegrama relatou que o Brasil rejeitou o acordo proposto.  O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães teria recomendado que o Brasil não garantisse o status A&T aos militares americanos.

“Oficiais da missão americana acompanharam o progresso do tema com integrantes do Ministério da Defesa, que demonstraram forte apoio em garantir um acordo que facilitaria os exercícios militares”, descreve o telegrama, citando que o então ministro da Defesa José Alencar cogitava enviar uma carta ao chanceler Celso Amorim pedindo a proteção extra aos americanos.

No final, os militares brasileiros saíram derrotados.

No dia 30 de maio, o chefe de relações militares da embaixada foi chamado ao ministério da Defesa pelo Almirante Angelo Davena, secretário de Assuntos Políticos, Estratégicos e Internacionais.

“Davena disse que considerava uma ‘derrota pessoal’ não ter coneguido persuadir o alto escalão dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa a garantir status A&T, e pediu que o chefe de relações militares da embaixada transmitisse sua esperança de que os exercícios continuassem mesmo assim”.

Naquele ano, um exercício aéreo – Patriot Angel – foi cancelado, mas o exercício naval UNITAS aconteceu no dia 17 de outubro, partindo da Base Naval do Rio de Janeiro, com a participação de militares dos Estados Unidos, Espanha, Argentina e Uruguai.

Imunidades

Na prática, embora não tenhak conseguido blindagem contra o Tribunal Penal Internacional, os soldados americanos têm algumas imunidades a crimes cometidos no Brasil.

Os detalhes são revelados em uma nota diplomática enviada pelo Itamaraty em setembro de 2005 e reproduzida em um telegrama da embaixada dos EUA em Brasília de 6 de julho do ano seguinte.

Nela o Ministério de Relações Exteriores lamenta não estar de acordo com os termos exigidos pelos americanos (de garantir status A&T) por avaliar que a concessão de imunidades judiciais iria contra a legislação penal brasileira, além de ferir o princípio de equidade entre os Estados e de isonomia entre brasileiros e estrangeiros.

Mas nota explica com que há, de fato, imunidades para quaisquer militares americanos que passam pelo Brasil em exercício militar. As garantias são as mesmas em “quase meio século”.

O Brasil reconhece o princípio de extraterritorialidade de embarcações e aviões militares, explica o documento. “Nesse sentido, os crimes cometidos dentro desses navios e aviões não estão sujeitos à legislação brasileira. Da mesma forma, crimes cometidos em território brasileiro por pessoal militar estrangeiro, enquanto estiverem cumprindo suas funções, não estão sujeitos à jurisdição brasileira, mas à jurisdição do país ou nacionalidade do perpetrador”.

A nota diplomática do Itamaraty reforça, no entanto, que as cortes brasileiras têm jurisdição sobre crimes cometidos fora do exercício militar determinado. “Neste úlimo caso, as cortes brasileiras agirão independentemente de quaisquer consultas entre os dois governos, baseando-se nos princípios constitucionais que estabelecem a independência de poderes”.

O mesmo telegrama mostra a irritação do Itamaraty em relação ao lobby americano junto a militares brasileiros pela conquista da imunidade judicial.

“Finalmente, o Ministério expressa à embaixada que as comunicações sobre esse assunto, para que sejam consideradas oficiais, devem ser direcionadas ao Itamaraty, a autoridade com responsabilidades apropriadas e o órgão que gerencia privilégios e imunidades a oficias estrangeiros que visitam o país”, diz a nota diplomática.

Fonte: Carta Capital

27 Comentários

  1. O QUE DIZ AS LEIS MARÍTIMAS INTERNACIONAL.
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    As leis marítimas internacional nela fala que qualquer navio militar que nela ocorrer algum crime,o infrator da lei será punido conforme as leis do país que a belonave pertence,independente em que águas de jurisdição está esta belonave.
    Esta lei serve para todos os países que respeitam as leis marítimas internacional na qual o Brasil se faz presente.
    Contudo,se o navio não é militar,ou seja civil,o caso é diferente,se houver alguma transgressão de lei no navio por alguma pessoa ,deste navio civil,for em águas de jurisdição a pena será conforme as lei deste pais onde se encontra o navio civil,independente de qual pertence a bandeira deste navio.
    Esta regra se não estiver enganado,também tem na aviação internacional,civil e militar.
    A questão aqui é se este crime vier ser cometido por alguém,seja ele civil ou militar fora destas circunstância já mencionada;exemplo,se um militar americano,matar,roubar,ou estuprar, com em vez em quanto aparecem nas páginas policiais nos jornais internacional;em logradouro público de um determinado pais,este americano,quer seja civil ou militar,deverá ser punido pelas leis deste pais onde houve a infração.
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    Caso eu esteja desatualizado,onde há dois pesos para a mesmo medida,pois o vimos por ai é muitos paizinho se submetendo aos caprichos dos americanos.

  2. Finalmente conseguimos dizer não aos Eua,eles tem que ter a sensibilidade de enxergar que o mundo mudou,eles já perderam poder e influência(inclusive econômica),dificilmente os Eua serão os mesmos depois da crise,não acredito que os Eua serão uma nação de fundo de quintal decadente,mas já não serão o “The big one” do mundo.

  3. Esses americanos querem fazer merda e não querem ser juzgado pelos crimem,já vem os bonzinhos e justo que sao eles,sejá qual sejá a nacionalidade do criminoso tem que ir para cadeia brasileira o si não estrupão,matão,robão e não passa nada,isso se chama inmunidade diplomatica,agora bem,preguntamos esses put…,yankis se faiz isso um brasileiro nos U.E.A ,si tem inmunidade também,olho por olho ,dente por dente,como passo com os brasileiros que forão para E.U.A ,despois do atentado,sacavam fotos y tiravam a marca digital dos brasileiros e lula feiz o mesmo com eles ,mais eles se queixarão,e por que?,os brasileiros são terroristas como eles?,massacre em nome da liberdade,não cola.me descupem pelos erros ortograficos,escrivo pouco o portugues,levo 17 anos fora do brasil ,mais un dia eu volto para ficar jejejeje

  4. Uma palavra curta que diz tudo: “Uma vergonha”. Ontem eu vi no jornal da Redetv, sobre os dois pilotos americanos, que receberam ajuda, de diplomatas brasileiro, fazendo pressão sobre o juiz para que o mesmo os libertasse, e foi o que aconteceu, mas os brasileiros que morreram ficaram no esquecimento. Essa revelação veio através do Wikileaks, gostaria que o nome destes “honrados” diplomatas aparecesse, para que todos os brasileiros os conhecessem como covardes e traidores.

  5. E dizer q baixamos a cabeça p os crimes destes bucaneiros, corsários eSSes , qdo vai aparecer um estadista nessa droga de país p dizer , chega, basta, finito, acabou…temos de ter + dignidade.sds.

  6. Que os EUA precisem desse tipo de acordo, prova a mentalidade perversa que têm seus cidadãos e militares.
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    Na Colômbia, onde os EUA ocupam algumas bases militares, soldados americanos também estão protegidos por esse tipo de acordo. Eles se aproveitam disso e cometem crimes contra a população local: principalmente crimes sexuais contra mulheres e meninas. Quando algo assim se torna público, esses soldados – com apoio do governo central colombiano – são silenciosamente levados de volta aos EUA. Lá, não enfrentam processo de tipo algum.
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    http://www.examiner.com/salem-foreign-policy-in-portland/rape-of-colombian-child-by-u-s-soldier-sparks-more-debate-over-military-bases

  7. “Os Estados Unidos têm responsabilidades globais que criam circunstâncias únicas”.——
    Quem lhes deu essas responsabilidades e que responsabilidades são essas se não a dos seus próprios interesses
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    “Por exemplo, somos mais vulneráveis ao mau uso de uma corte criminal internacional”.——-
    Ou seja fica patente o desprezo por orgão internacionais, que só reconhece como legitimo seus tribunais.
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    “o então ministro da Defesa José Alencar cogitava enviar uma carta ao chanceler Celso Amorim pedindo a proteção extra aos americanos”.
    “No final, os militares brasileiros saíram derrotados”.
    “Davena disse que considerava uma ‘derrota pessoal’ não ter coneguido persuadir o alto escalão dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa”.
    ” desde 2003 treinamento militar brasileiro no exterior passou a ser realizado na França e no Reino Unido, na China, na Índia e na África do Sul. Segundo o telegrama, muitos militares brasileiros disseram querer voltar a se aproximar das forças americanas.”
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    ALGUNS DE NOS CONTINUAM INDIOS, NOS VENDENDO EM TROCA DE COLARES E ESPELHOS.
    aBS

  8. é um absurdo e uma covardia submeter-se a tal lei,permitir que outro pais mate covardemente,quem quiser matar,em seu territorio,sem nenhuma punição,ai é facil dominar,pois elimina quem esta em seu caminho,acham que eu esqueci dos varios cientistas brasileiros mortos em alcantara,podem crer que la tinha dedo americano.

  9. “Outros países que não cederam sofreram sanções”.—
    É assim que se trata paises insignificantes ou sede ou sofre sanções.
    Abs

  10. Eu discordo em Brasuk… Depois de tantos anos construindo o castelinho de falcatruas, quando a casa cair o que sobra ali de economia real de verdade?

    Vai ser tipo 3º mundo mano. Jamais como espanha ou portugal.

    Tá mais pra romano. A cultura fica o império some.

  11. Lucena, você não está enganado, a extraterritorialidade vale também para o interior de aeronáves que se encontrem em territóro brasileiro, agora o Brasil não poderia, por intermédio do ministério das relações exteriores ir contra tratado em que o Brasil é signatário, pois este teve que passar pelo crivo do legislativo para entrar em vigor no país, e mais, o TPI e nenhum outro tratado não pode ser alterado unilateralmente, a não ser que for para renunciá-lo todo, significa dizer, romper. Americanos, AQUI NÓS RESPEITAMOS TRATADO, AO CONTRÁRIO DE VOCÊS.

  12. .
    “No final, os militares brasileiros saíram derrotados.”
    .
    No dia 30 de maio, o chefe de relações militares da embaixada foi chamado ao ministério da Defesa pelo Almirante Angelo Davena, secretário de Assuntos Políticos, Estratégicos e Internacionais.
    .
    “Davena disse que considerava uma ‘derrota pessoal’ não ter coneguido persuadir o alto escalão dos ministérios das Relações Exteriores e da Defesa a garantir status A&T, e pediu que o chefe de relações militares da embaixada transmitisse sua esperança de que os exercícios continuassem mesmo assim”.
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    Putz!
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    Triste mesmo é ver que militares brasileiros de alta patente, que deveriam ter brio e ser os primeiros a defender a soberania do Brasil e de suas leis em território brasileiro, tenham sido os maiores lobistas em favor dos privilégios espúrios e ilegais que estadunidenses queriam obter.
    .
    Nestes militares específicos, vira-latas, doidos para abrir as pernas para estrangeiros ( no caso , os yankes) em troca de subsídios e doutrinação, eu não confio de maneira alguma…

    .
    Parabéns ao Itamaraty! Que manteve a dignidade e não cedeu as pressões.

  13. “…. acordo com os termos exigidos pelos americanos (de garantir status A&T)…..que a concessão de imunidades judiciais iria contra a legislação penal brasileira, além de ferir o princípio de equidade entre os Estados e de isonomia entre brasileiros e estrangeiros…..”

    “O embaixador Samuel Pinheiro Guimarães teria recomendado que o Brasil não garantisse o status A&T aos militares americanos.”

    Neste episódio o único (Samuel)que foi claro na defesa da constituição brasileira que não se acovardou.

    Enquanto alguns indios que juram pela bandeira devender a constituição…….

  14. É realmente de se espantar com os militares (desse do texto) que temos em troca de treinamento estavam dispostos a verem mulheres estupradas e pais de famílias mortos… isso mesmo seus canalhas traidores se não sevem nem pra protegerem o país para esse tipo de agressão então pra que diabo vcs sevem SEUS BOSTAS!?
    Militar tem que saber que não são mais que funcionários da nação e não estão acima de nada além das privadas que usam pra defecar, aliás, com todos os outros, ninguém esta acima das leis se o militar pensa o contrario deve se preso ou expulso… gente assim representa perigo… ao menos o Itamaraty impediu esse absurdo, mesmo sabendo que esse tipo de coisa com certeza acontece por de baixo dos panos foi um avanço.

    NovoBrasuk
    Concordo com tigo, um dia eles serão apenas um país rico mais nada, além disso. Graças a suas lideranças incompetentes, corruptas fanáticas por guerra e odiadas por todos “não vira-latas” no mundo.

    Bem mais uma fez o WikiLeaks mostra que os EUA são mesmo uma nação de “bobos feius assassinus covardus entre outras coisas”

  15. O Brasil adota o princípio da extraterrotorialidade da lei penal, os crimes cometidos dentro de navios, ou aeronaves a serviço de governo estrangeiro (americano ou qualquer outro), são julgados por seus países de origem. Da mesma forma, ocorrendo um crime em uma embarcação ou aeronave brasileira onde quer que esta se encontre será julgado pela justiça brasileira, o mesmo se aplica aos exercícios militares entre países, entretanto, havendo crimes fora das aeronaves, embarcações ou exercício militar, aplica-se a jurisdição nacional. O que os americanos querem é atribuir imunidade diplomática a todos os seus cidadãos, para que não respondam por qualquer crime, quer seja em suas aeronaves, embarcações, quer seja fora delas ou dos exercícios militares, isso é inaceitável, pois se um militar americano cometer um furto de um bem qualquer, fora das condições acima citadas, não tem porquê ele não ser julgado onde cometeu o delito. Quanto aos crimes de competência do TPI, os USA não reconhecem o TPI, então, não se submetem a sua autoridade.

  16. Bernardo, me apoio no fato de os Eua serem um dos maiores produtores agropecuários do mundo,a agricultura é fortíssima,a pecuária é a 2 maior do mundo(1º lugar é nosso),a indústria pesqueira também é muito forte,a mineração também está entre as mais fortes,o parque tecnológico com o complexo indústrial militar e sem contar com o turismo,construção civíl,telecominicações, eletrecidade, enfim os cara são bons em diversas áreas.
    O grande problema é o gigantismo de seu défict público que passa dos $$$$ 12 trilhoes de dólares que só faz crescer.A grande questão é quem financia esta dívida? E se ele quiser cobrar esta dívida?

  17. FORA A ARISTOCRACIA SERVA DOS AMERICANOS NAS FA’s DO BRASIL!
    .
    Amigão Claudio,
    Como mencionei antes,em se tratando de aeronaves, o meu entendimento é muito elementar;não sei se as regras em embarcações navais(leis marítimas internacional) que mencionei, tem alguma similaridade com a leis da aviação civil/militar internacional.
    .
    Esta atitude dos militares brasileiros deixam uma mácula muito grande na nação brasileira,pois quando um militar faz juras a bandeira brasileira, é uma coisa sagrada,um pacto de sangue que este faz com a nação que ele diz que vai defender.
    A história mostra muitas fases em que militares brasileiro,os hipócrita e vendilhão,se posicionaram contra a nação,especialmente durante o golpe militar em 1964,onde existia uma predisposição destes militares que permitisse uma intervenção americana militar no Brasil.
    Infelizmente nas forças armadas,há uma aristocracia que é muito fiel aos interesses americanos em detrimento a do Brasil.
    Esses patifes são capazes de vender o Brasil por um ingresso na disneilândia,quando estão de férias,os aspirantes militar dessas familia aristocrata vão passar as férias nos EUA,lá são treinados a serem submissos ao tio sam,…canalhas.
    Logo, sou a favor que os nomes dos torturadores,dos traidores que derramarão o sangue dos prisioneiros brasileiros durante a ditadura, seja revelados para a sociedade brasileira,já que os crimes destes bandidos de fardas prescreveram e que na época, não existia uma lei proibia a tortura.
    .
    Abraços

  18. Você está correto Brasuk, mas eu me refiro a ideia de que tudo isso está baseado em pilares como a divisa mundial em dollar e o fator de poder “impor” seus produtos perante os demais.
    Apesar da forte economia o que existe ali é uma forte economia em queda livre.

    Se as regalias das quais os EUA dispõe forem vetadas, a sua economia que já está cambaleante e mal das pernas devido aos défices absurdos aliados a uma má gestão da economia desaba de vez, porque vai ser um tira daqui pra por ali que no final pouco restará de economia real, não aquela que aparece em índices.

    Qual o motor de crescimento hoje dos EUA?

    Pacotes do Obama.

  19. Esta chegando a hora deles (EUA) caírem na real, pena que ainda temos muitos covardes nas Forças Armadas, que querem privilégios com os Americanos. “Grande Almirante Ângelo Davena, secretário de Assuntos Políticos, Estratégicos e Internacionais.” O Brasil ficaria melhor sem sua presença.

  20. E ainda dizem por aí que o Brasil não tem inimigos. Além dos EUA, ainda tem os judas que vendem o Brasil por porcaria de dinheiro, lesando sua própria pátria. Não são apenas aeronaves, submarinos, tanques, tropas etc que fazem a segurança de um país, mas também o respeito a sua soberania.

  21. Sinceramente, acho que os “judas” internos são muito mais perigosos que as ratazanas estrangeitas, as de fora são fáceis de indentificar; já as daqui, aparecem de onde a gente menos espera.

  22. Tem um montão de Tupynambás louquinhos para por a mão em um gringo milico que vem aqui ultrajar ou mesmo ousar tocar em uma cabocla que quando o consulado deles tomar ciencia sera para fazer o translado dos restos do microbio e o Itamarati que se vire em explicações…Morreu…Fedeu…

  23. Sou completamente a favor do Itamarati, que caca tem os militares de fazer lobby pra esses caras, e o falecido José Alencar que coragem a dele agir desta forma, putz!!
    e a mídia fez uma propaganda enorme dele. É por isso que o Celso Amorim é anti-americano daquele geito.

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