Equador adquire caças Cheetah que eram da Força Aérea da África do Sul

Um caça Denel Cheetah C enquanto operava pela Força Aérea da África do Sul. (Foto: Dean Wingrin / SAAF)

A Denel Aviation anunciou que vendeu 12 caças Cheetah para Equador. O acordo inclui modelos monoplaces Cheetah C e biplace Cheetah D’s.

Um acordo para concluir o negócio foi recentemente assinado pelo CEO da Denel Aviation, Mike Kgobe em Quito, capital do Equador.

A Denel Aviation é a projetista do caça Cheetah que foi localmente desenvolvido com assistência de Israel na década de 80. A aeronave é uma variente do Mirage III, com melhorias aerodinâmicas e aviônicos modernos, além de novos sistemas de armas e radar. Nos termos do acordo com a Força Aérea de Equador, a Denel Aviation continuará a fornecer uma compreensiva manutenção e serviços de apoio por pelo menos cinco anos após a venda, com uma opção de renovação dos serviços.

Nove biplaces e 17 monoplaces do caça Saab Gripen foram adquiridas em 1998 através de um pacote de Defesa Estratégica num programa de aquisição para substituir os caças Cheetah C e Ds em operação. O sistema Cheetah será apenas desativado uma vez que todos caças Gripen forem entregues em 2012. No entanto, os caças Cheetah desativados em abril 2008 foram para diminuir custos e os caças Gripen ainda estão em processo de entrega para Força Aérea da África do Sul (SAAF).

“Este é um empolgante negócio para Áfruca do Sul,” disse Kgobe. “Os Cheetahs da Denel estavam estocados desde que eles foram retirados de operação em 2008. A Denel Aviation e a indústria sul-africana dos Cheetahs em conjunto com a Força Aérea da África do Sul estiveram diretamente envolvidas na retirada e estocagem das aeronaves e da infraestrutura de apoio.

Kgobe destacou que a oferta da Denel atende as necessidades da Força Aérea Equatoriana (FAE) que estava a procura de modernizar sua frota de caças. As negociações entre a Denel Aviation, Armscor e a FAE tem sido feitas desde 2009. Uma equipe da FAE visitou a África do Sul em abril deste ano para inspecionar a frota de caças Cheetah e para avaliar as aeronaves em voo. As aeronaves foram disponibilizadas para venda através da Armscor, a agência estatal responsável pela venda de equipamentos e artigos militares que estão estocados.

A manutenção completa e os voos de aceitação serão executados na África do Sul e no Equador, agora que o negócio foi finalizado. A Denel Aviation também visitou as unidades da FAE para rever a infraestrutura e a capacidade técnica da Força Aérea Equatoriana para acomodar as aeronaves Cheetah, para avaliar o nível de apoio exigido e identificar a necessidade de treinamento adicional.

A Denel não informou o valor do negócio devido a uma cláusula de confidenciabilidade assinada com o cliente.

Comentário konner:

Segundo meus conhecimentos, estes aparelhos são dotados de Radar ELTA EL-M2032 Multi-modo/Pulso Dopler com alcance médio de  51Km, com canhões DEFA-554 de 30 mm.

O radar ELTA modelo 2032 é um radar multimodo, é adequado tanto para missões de intercepção para guiar armas ar-ar, como pode ser igualmente utilizado em missões de ataque ao solo, guiando armas inteligentes.

O radar pode também ser utilizado em missões de ataque naval, tendo capacidade para identificar alvos determinar distâncias, permitindo o lançamento de armas anti-navio autonomas que apenas necessitem conhecer a localização aproximada do alvo, para depois efetuarem o ataque com os seus próprios meios.

Ao contrário dos Kfirs, que utilizam motores de origem norte-americana, a África do Sul teve licença para fabricar localmente os motores ATAR que equipavam os Mirage.

Capacidade de carga em armamento é de – 6.800 Kg

Altitude máxima de 17.000 Metros

Motor Snecma ATAR 9K-50

Velocidade Maxima de 2.440 Km/h

Ao nível do mar com velocidade de 1.389 Km/h

Velocidade de cruzeiro em 980 Km/h

Autonomia carregado de 1.000 Km

Altitude máxima de operação em  17.000 Metros

Fonte: E tradução – Cavok – SAAF

23 Comentários

  1. Cada país merece oque tem é nos merecemos os SU-35MB, TYPHOONS,RAFALE,F-22,F-18, agora compra os sucatões da Africa do Sul, digo o mesmo para os F-5 que adquirimos da Jordânia, se nosso presidente se compara com paises com pouca renda, comparada nosso PIB, então somos incopetentes ou o governo sonha em berço explendidor não da devida atenção no pais como deveria ter, saiu no jornal New York Times a Venezuela tem os caças mais poderosos da America do Sul, ae eu pergunto é desse jeito presidente que o Sr: quer que sejamos membro da ONU, piada eu gosto mais Vs.Ex: ultrapassar os limitis da hipocrisia com muita facilidade.

  2. Para um país como o Equador tá bom demais..avionica de Israel..deve ser bom,um caça com aspecto agressivo bem bonito…dá pro gasto,pro Equador.

  3. Não adianta gente rafale não vem mais sacanearam a frança e ainda mais compressão americana não da aliada a heraclito forte do dem a favor do f18 agora daqui a dois anos vamos aguardar as retaliações francesas na transferencia de tecnologia de helicopteros e submarinos o sub nuclear ja era ninguem mais vai enssinar isso a um pais de politicos sacanas que fica no prejuizo e o pais
    vamos ver se os alemas fabricam e transferem tecnologia para submarino convencional e nuclear duvido muito mais fazer o que o pais e assim tragico mesmo

  4. O último lote de caças Lockheed F-16C/D Block 52+ vendidos pelos EUA para o Paquistão chegaram nessa segunda-feira, dia 13 de dezembro, na Base Aérea de Shahbaz, na cidade de Jacobabad, sul da província de Sindh. Nesse lote foram entregues seis caças F-16, totalizando 18 aeronaves com as 12 anteriormente entregues.

    vejam a boatos que talvez os tampões da fab sejam f16

  5. O senador Heráclito Fortes (DEM/PI) é considerado pelos Estados Unidos como um defensor da Boeing, empresa que tenta vender 36 caças à Força Aérea Brasileira. A revelação é do WikiLeaks, site especializado na publicação de documentos confidenciais vazados.

  6. Tentativa de lobby

    De acordo com informações publicadas anteriormente no WikiLeaks, a disputa pela venda dos caças para a Força Aérea Brasileira foi palco de grande atuação da representação americana no Brasil. Documentos obtidos pelo site revelam que a embaixada procurou o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e o comandante da FAB, brigadeiro Juniti Saito, para influenciar na decisão.

    A embaixada americana em Brasília teria pressionado inclusive o governo dos EUA a se engajar mais na negociação. Os caças norte-americanos enfrentam a concorrência de empresas da França e Suécia. Concorrem os aviões de combate Super Hornet F/A-18 da americana Boeing, os Gripen NG, da sueca Saab, e os Rafale, da francesa Dassault, considerados os favoritos.

    As ofertas das três empresas já foram analisadas pelo Ministério da Defesa e a decisão final está em mãos do presidente Lula, que, na semana passada, destacou que pode deixar a decisão para a presidente eleita, Dilma Rousseff.

    Veja o telegrama que cita Heráclito Fortes:

    “C O N F I D E N T I A L SECTION 01 OF 03 BRASILIA 001094

    SIPDIS

    STATE FOR T, WHA AND PM. OSD FOR USD AT&L

    E.O. 12958: DECL: 08/15/2019

    TAGS: PREL MASS BR

    SUBJECT: BRAZIL FIGHTER COMPETITION: UNDER SECRETARIES,

    VISIT BUILDS MOMENTUM FOR BOEING

    REF: A. BRASILIA 795

    ¶B. BRASILIA 659

    ¶C. BRASILIA 34

    Classified By: Charge d’Affaires Lisa Kubiske. Reason: 1.4(d)

    (…)

    Brasileiro senador Heráclito Fortes, um defensor da licitação da Boeing e o segundo na liderança do Senado, também acredita que garantias USG [governo dos Estadoos Unidos] das transferências de tecnologia seriam importantes, mas se recusou a especular sobre chances da Boeing para a decisão final, observando que havia pouca confiança nos Estados Unidos entre os conselheiros do presidente Lula.

    (…)”

    Fonte: Portal AZ – Rômulo Maia

  7. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, disse nesta segunda-feira (13), durante reunião com o subsecretário de Estado dos Estados Unidos, William Burns, que a decisão sobre a compra de novos caças para a Força Aérea será analisada pela presidente eleita, Dilma Rousseff. Segundo a assessoria do ministério, Jobim disse a Burns que Dilma vai fazer uma análise das propostas de Suécia, Estados Unidos e França “nos próximos meses”.

    Os três países disputam a venda das aeronaves ao Brasil. Durante a conversa, o ministro afirmou que a “parte do Ministério da Defesa” na seleção dos caças já foi concluída, com um relatório sobre a qualidade técnica dos caças Rafale (francês), Gripen (sueco) e F-18 Super Hornet (norte-americano).

    Na ocasião, a FAB disse considerar os caças franceses “mais consistentes”. Ainda durante a reunião com o subsecretário norte-americano, Jobim conversou sobre a possível transferência do setor de aviação civil para outro ministério.

    Dilma pretende retirar a gestão de aeroportos do controle do Ministério da Defesa para poder administrar a área mais diretamente. Por causa da proximidade das Olimpíadas de 2014 e da Copa do Mundo de 2016, o setor é considerado prioritário para a presidente. Uma opção seria transferir a aviação civil para a Secretaria de Portos.

    Segundo a assessoria de Jobim, o ministro também comentou com Burns que, durante a gestão da presidente eleita, ele dará continuidade à reestruturação das Forças Armadas. Jobim já havia dito que continuará no comando do Ministério da Defesa no futuro governo.
    Reestruturação

    Em agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que amplia o poder do ministro da Defesa, que passa a indicar os comandantes da Aeronáutica, Marinha e do Exército. Antes a, essa função era do presidente da República. O ministro também passou, oficialmente, a figurar no topo da hierarquia militar, ao exercer a chefia das Forças Armadas.

    A legislação sancionada por Lula também criou o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, órgão consultivo do ministro da Defesa. O presidente nomeou o general José Carlos De Nardi para chefiar o novo órgão. Ele terá o mesmo nível hierárquico que os comandantes da Marinha, Aeronáutica e Exército.

    Leia mais (Read More): Poder Aéreo

  8. Renato Oliveira disse:

    Até que enfim boas notícias, desde que não cancelem novamente. Se não me engano, a oferta inicial do F-16 incluia vários equipamentos na proposta, como CCs M-1 Abrams. Tomara que repitam a dose

  9. Humberto disse:
    14 de dezembro de 2010 às 11:30

    Caro Renato,
    Para mim, com o cancelamento do FX-2 iria abrir a necessidade de um caça tampão e na minha opinião o F-16 seria um ótimo caça, pois o mesmo ainda é extremamente eficiente, principalmente vendo o que os nossos vizinhos possuem.
    Conversando com alguns, eles me comentaram que existem muitos problemas para o F-16 para a FAB, além do anti-americanismo reinante neste governo. Os problemas vão desde o reabastecimento aéreo ao clima no íinimo ruim entre a LM e a FAB (esta influenciada pelos problema da Embraer).
    Só para atualizar, a Lockheed Martin montou uma parceiria com a Hawker Beechcraft para competir com o ST no LAAR, dizem que isto foi a pá de cal do relacionamento tenso que vem desde o cancelamento do ACS (Army’s Communications-Electronics Command) quer iria usar os Embraer ERJ-145. Ou seja para a Embraer não seria uma boa opção.
    Quanto ao tal pacote que viriam junto com o F-16 (CC etc) para mim é mais uma lenda, nunca vi um documento ou mesmo um paper dos gringos oferencendo isto.

  10. Para o Equador, serve como um bom GAP filler.

    Um caça interessante para eles, seria o J-10B, ou mesmo o JF-17 Chino-Paquistanês.

    []’s

  11. Os Cheetah é uma meia sola, não vão durar muitos anos, mas tem uma aviônica muito boa, provavelmente é o melhor do caça.

    O Rafale já era, babau, acabaou. Vamos de F-18 ou Gripen, mesmo para o ódio dos antiamericanos. Mesmo os franceses já discutem entrar em um novo projeto Pós-Eurofighter, sozinhos nunca mais, o desastre comercial Rafale está tendo efeitos pedagógicos.

  12. Nick, tenho que concordar. A China ainda vai bombar de vender caças para Forças Aéreas de orçamentos apertados… É lindo sonhar com Su-35BM, Typhoon, Rafale, F-18 e F-15, mas, novos, custam caro, enquanto um J-10 chinês faz praticamente a mesma coisa pela metade do preço…

    Taí mais um exemplo chinês que o Brasil poderia seguir…

  13. Vocês acreditam mesmo que o Brasil inspira segurança e confiança ao Senado/Congresso Americano? Com estes apertos de mão entre Lula e Ahmadineyad, com o Brasil reconhecendo o território Palestino anterior as Guerras Israel x todos no Oriente Médio?
    É obvio que a FAB deseja equipamento Americano, mas eles mesmos em passado recente observaram os embargos contra tecnologia de lançadores de satélite, misseis IR, embargo a venda de Super Tucanos a Venezuela, que foi atrás dos Russos despois disso…
    Alguém acredita mesmo que o Brasil irá comprar Super Hornet e Gripen NG abarrotados de tecnologia embargável americana?
    Só se for para manter a doutrina, ou brincadeira dos pilotos da FAB. O maior parque de diversão do Mundo.

  14. Caro Edu Nicácio,

    Apesar de sonharmos com caças pesados ou até mesmo de 5ª geração, seria interessante avaliar o J-10B. Avaliar mesmo, nas capacidades e confiabilidade do mesmo. Se aprovado, poderíamos fabricar sob licença esse vetor, que em termos de custos de aquisição deve ser imbatível. Agora, tem de avaliar bem mesmo, senão é aquela história de comprar gato por lebre…..

    []’s

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