P-3AM Orion – FAB 7203

A previsão é que as três primeiras aeronaves cheguem a Salvador (BA), de onde serão operadas, no primeiro semestre do ano que vem, após uma campanha de treinamento de tripulações na Espanha. Os nove aviões estarão no Brasil até 2012.

O P-3 é uma aeronave equipada com uma grande gama de sensores especiais, que viabilizarão a execução de diversas missões, por exemplo, de busca e resgate, como ocorreu no ano passado, com o emprego de aeronaves R-99 na localização de destroços do voo 447 no meio do Oceano Atlântico, dentro da área de responsabilidade brasileira de 6.400.000 km². O P-3 representará efetivo apoio às atividades de busca e salvamento no Atlântico Sul, que, conforme acordos internacionais, é de responsabilidade do Brasil.

A aquisição desse modelo de aeronave e de sua modernização representa importante mudança no padrão operacional da FAB, colocando a instituição na primeira linha de equipamentos de Patrulha Marítima. Para se ter uma ideia das vantagens operacionais, o novo avião possui autonomia de 16 horas de voo, mesmo à baixa altura, o que permite se manter em uma área de operação por muitas horas, mesmo que afastada do litoral.

Sua variada gama de sensores não permite a passagem desapercebida de navios e submarinos por onde estiver voando e, se for necessário, poderá dispor de diversos tipos de armamentos como mísseis, torpedos, bombas e boias radiossônicas para negar o uso do mar à embarcações hostis.

No próximo ano, a primeira aeronave que equipará o 1°/7° Grupo de Aviação, sediado na Base Aérea de Salvador, passará por uma avaliação operacional completa. O objetivo é comprovar o comportamento e as características funcionais de cada componente dos sistemas de missão, em confronto com os requisitos operacionais e logísticos do Comando da Aeronáutica, em ambiente operacional real, conforme estipulado no contrato de modernização.

No processo de modernização, houve total revitalização da estrutura da aeronave. Além disso, foram modificados equipamentos que tornaram o P-3AM completamente atualizado às necessidades operacionais, dos motores aos sensores do avião.

De acordo com a Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), os P-3AM ORION brasileiros, com os seus modernos equipamentos e sistemas embarcados, são vetores poderosos em consonância com as diretrizes estabelecidas na Estratégia Nacional de Defesa, visto que incrementarão, substancialmente, a capacidade do Brasil na busca de proteger os interesses nacionais e, de modo especial, na região do pré-sal.

Fonte: Agência Força Aérea

12 Comentários

  1. gabriel lima,
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    A previsão é que as três primeiras aeronaves cheguem a Salvador (BA), de onde serão operadas, no primeiro semestre do ano que vem mas, o total será de nove aviões até 2012.

  2. Apenas curiosidades deste belo e eficiente aparelho.
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    Como o P-3 foi projetado para patrulhar a longas distâncias e/ou por longos períodos, não raramente são executadas missões com duração de 12 a 14 horas, sendo que o recorde é da Força Aérea da Nova Zelândia que em 1972 permaneceu 21,5 horas em uma missão!
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    Os P-3 escolhidos pela FAB são da versão A, que foram estocados com uma quantidade relativamente pequena de horas de vôo comparado com as outras versões, principalmente a versão Charlie que ainda se encontra em atividade. Porém como parte do retrofit, os Orion brasileiros receberam modificações no grupo moto-propulsor para igualar-se a versão Charlie.
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    O último Lockheed P-3C foi entregue em abril de 1990 e deverão voar na Marinha Americana até 2013, quando começam a ser substituídos pelos Boeing P-8 Poseidon (versão do Boeing 737-800).
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    Em muitas missões costuma-se desligar motores para poupar combustível, podendo assim permanecer mais tempo em vôo, isto depende é claro do peso da aeronave, condições atmosféricas entre outros.
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    Geralmente desliga-se o motor 1 (o 1º da esquerda para a direita), mas pode ser desligado tanto o motor 1 quanto o 4 ao mesmo tempo. No caso do motor 1 do Orion, ele é o único sem gerador, ou seja, não fornece energia elétrica para a aeronave, não implicando na utilização dos diversos sistemas a bordo da aeronave.

  3. Alguém poderia me fazer a gentileza de informar se essa aeronave possui também códigos-fonte ou tecnologias sensíveis que possam ser “manipuladas” por “estranhos”?

  4. Olivier, à época da concorrência n optou-se por aviões da Embraer devido à baixa autonomia destes, o perfil das missões a serem cumpridas pelo P3 exige uma autonomia muito maior q a disponível nos aviões atuais da Embraer.

  5. Caro Ronaldo Bettaga,
    Grato por seu comentari, estou ciente e de acordo.
    O EMB-145 nao tem o envelope de voo do P-3, nem espaco interno, nem capacidade para sistemas de armas para ASW, etc. A escolha da FAB foi a mais sensata. Na epoca inclusive foi cogitado o frances Briguet Atlantic e o espanhol P-295.
    Meu comentario foi outro, para o futuro, daqui a 15, anos, quando as pecas de reposicao nao estarao mais disponiveis. Ai entao teremos de ja ir pensando em outra celula. E a EMBRAER poderia ter opcoes.

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