MBDA entrega 600º míssil TAURUS KEPD 350 para a Luftwaffe

A TAURUS System GmbH, joint venture formada pela LFK-Lenkflugkörpersysteme GmbH (MBDA Deutschland) e  Saab Bofors Systems, entregou o 600º míssil ar-superfície TAURUS KEPD 350 para o Escritório Federal Alemão de Tecnologia e Aquisições para Defesa (BWB). Essa entrega marcou o final bem sucedido de produção dessa primeira série.

Segundo Werner Kaltenegger, diretor da MBDA da Alemanha, essa encomenda do TAURUS foi de grande importância para a subsidiária do grupo europeu pois contribuiu de maneira importante para o crescimento da mesma. Helmut Hederer, diretor da TAURUS Systems GmbH, disse que esta otimista com relação às possibilidades de comercialização do TAURUS KEPD 350 no mercado internacional.

O brigadeiro-general Hermann Muntz, assistente-chefe do Comando de Sistemas de Armas da Força Aérea da Alemanha (Luftwaffe) e oficial da área de contratação mais graduado da Força, disse que a Força conta agora com um dos mais avançados e eficazes mísseis ar-superfície para serem lançados contra alvos fortificados a partir de uma distância segura com a finalidade de se evitar exposição da aeronave lançadora às defesas antiaéreas inimigas.

O TAURUS é considerado um dos mísseis ar-superfície guiados de longo alcance mais modernos da atualidade. Graças ao seu sistema de navegação Tri-Tec, ou seja, composto por um sistema de navegação híbrido GPS/ INS (inercial), um radar altímetro e um buscador por imagens IR (infra-vermelhas), o míssil possui elevada precisão de ataque. Para que o alvo seja atingido com eficiência, ele foi dotado com uma ogiva em tandem MEPHISTO (provida de sensor de proximidade, carga explosiva moldada, ogiva de elevada capacidade de penetração e detonador PIMPF inteligente. Esse vetor de ataque foi projetado para ser lançado contra uma variada gama de alvos, incluindo fortificações (bunkers), mesmo aquelas construídas em profundidade, permitindo a neutralização de objetivos pontuais de alto valor tático com reduzidos danos colaterais e riscos para aeronaves e tripulações que os lançam. O alcance efetivo do TAURUs é da ordem de 500 km.

A Luftwaffe está integrando seus TAURUS KEPD 350 nos aviões de combate Tornado IDS. Melhorias futuras no míssil poderão ser feitas, notadamente nos sistemas de controle de voo, capacitação para operações antinavio, possibilidade de integração do míssil em um ambiente tático de operações em rede  e integração nos aviões de combate Eurofighter Typhoon.

Além do fornecimento desses 600 mísseis, o contrato avaliado em € 570 milhões, assinado em 2002 com o BWB, prevê o fornecimento de elementos de logística tais como conjuntos de peças sobressalentes e equipamentos de monitoramento do hardware e software dessa arma.

Fonte:  Tecnologia & Defesa

8 Comentários

  1. Um míssel ar-superfícice específico para bunkers, e ainda mais seiscentas unidades?? Que cidades subterrâneas são estas?

  2. Esse é o tipo de arma que tem de ser prioridade para a FAB.

    Poderia ser um projeto conjunto da Mectron/Avibrás/Britanite.

    []’s

  3. O Brasil não pode comprar esse míssil pois seu alcance é de 500km e alguém teve a “brilhante” idéia de assinar um documento de limitação de mísseis de alcance máximo de 300km; aliás em se tratando de assinar esses “acordos”, “tratados”, “resoluções”,somos campeões,deveria haver até um prêmio nobel para isso. Eles com certeza farão muito “bem” a nação brasileira, com eles provaremos ao mundo que somos um povo humilde e pacífico, portanto,não podemos ser tripudiados, mas se assim mesmo algum resoluto quizer desapropriar-mos da Amazonia verde e azul, mandaremos os nossos melhores “diplomatas” e “ex-govermantes” com uma bandeirinha branca numa mão e esses papeis nas mãos para barrar os invasores, com certeza eles serão ouvidos e os invasores voltarão muito envergonhados para casa.

  4. Todas as idiotices anteriores de tolos que achavam que tinham visão evoluida asinaram podem ser desfeitas.Basta ter culhão,dizer não e rasga-las e pronto.So vence quem acredita e pula de cabeça sem medo de peder e perde,levanta e continua acreditando e vence.Brasileiro tem mania de inovar e adiantar~se mas esquece-se que para isso deveria ter uma preparação e não so usufruir resultados.

  5. Nick,
    Concordo que esta é o tipo de arma bem interessante para qualquer força aérea, incluindo a FAB, mas acho que nós temos que primeiro nos familiarizarmos com armas mais básicas, tais como as bombas guiadas, os mísseis antiradiação e até mísseis antinavios lançados por caças, num processo de aprendizado gradual.
    Só então é que deveríamos nos ater a este tipo complexo e caro de míssil estratégico.
    Um abraço.

  6. É Bosco, tão importante quanto ter um caça moderno nacional ou ao menos parcialmente nacional, é que ele tenha uma suíte de armas nacionais que de autonomia à FAB e ao Brasil.

    Acredito que estamos caminhando para isso, infelizmente de forma mais lenta que o desejável, em virtude do $$$ disponível.

    O que precisamos:

    Missil WVR All Aspect : A-Darter
    Missil BVR : A desenvolver

    Bomba guiada a laser/INS/GPS : SKMB 82/84
    Glide Bomb(na mesma classe do JSOW) : A desenvolver??

    Missil Anti Navio: Desenvolver uma versão lançado do Ar – do futuro MAN-1 em desenvolvimento

    Missil Anti Radiação : MAR-1 já desenvolvido

    Missil de Cruzeiro Stealth Stand Off : A Desenvolver

    []’s

  7. Nick,
    Ficou faltando só um míssil tático que poderia muito bem ser um A-Darter com ogiva específica para alvos em terra (e software apropriado).
    O sensor de formação de imagem IR do A-Darter é bem apropriado à missão, e o seu diâmetro (166 mm) é compatível com uma poderosa ogiva HEAT.
    Embora seja estranho, não podemos nos esquecer que o AIM-9X já demonstrou ter capacidade ar-sup contra alvos táticos, e isso sem nenhuma modificação.
    O míssil de cruzeiro pode ser um Matador aerolançado e a glide bomb pode muito bem ser uma SMKB dotada com um kit de asas, pra simplificar.
    Já o BVRAAM poderia muito bem ser o irmão maior do A-Darter, o R-Darter. Mesmo não tenho um envelope operacional muito ampliado ele é bem interessante e com uma melhor relação custo/benefício. Fabricando um R-Darter poderíamos ter menos Amraam C-7 ou Meteor comprados no exterior.
    Além do mais, a favor do R-Darter tem o fato dele ser irmão gêmeo do Derby, já operado pela FAB.
    Algumas configurações de defesa aérea poderiam combinar o Piranha I, Piranha II, A-Darter, R-Darter (?) e Meteor/C7 (?).
    Mesmo nos EUA não é raro vermos um caça configurado com 3 tipos de mísseis.
    Um abraço.

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