X2 da Sikorsky alcança velocidade recorde para helicópteros

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A estadunidense Sikorsky Aircraft Corporation anunciou que o protótipo do seu helicóptero experimental X2 alcançou a marca recorde de velocidade para helicópteros voando na horizontal a 250 nós por hora (463 km/h) nesta quarta-feira (15) em West Palm Beach, na Flórida. A marca excedeu em 34 km/h o recorde oficial mundial batido por um helicóptero Westland Lynx em 1984 na Grã-Bretanha.

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A velocidade recorde alcançada pelo X2 ainda não é um marco oficial, pois para isto é necessário o atendimento de um conjunto de requisitos para homologá-lo.

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Com base em análises realizadas durante testes de voo anteriores, engenheiros e pilotos da Sikorky anteciparam que o X2 poderá ultrapassar velocidades superiores a 260 nós por hora em voo levemente descendente contanto com a propulsão da mesma turbina T800 que equipa atualmente o aparelho.

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A Sikorsky anunciou que a meta de desempenho da aeronave foi atingida e está otimista com as perspectivas do projeto, já fazendo projeções para o futuro com vistas à construção de helicópteros dotados da mesma tecnologia desenvolvida no programa X2.

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O princípio tecnológico aplicado no X2 baseia-se na adoção de dois rotores principais de pequeno diâmetro contra-rotativos que se encarregam apenas da sustentação da aeronave. Essa formula evita que as pontas das pás desses mesmos rotores ultrapassem a velocidade do som, eliminando-se assim o risco que esses componentes se quebrem durante o voo. Uma hélice instalada na cauda se encarrega do trabalho de propulsão do aparelho.

[youtube=http://www.youtube.com/watch?v=kIgUV1wAs5g]

Fonte: Tecnologia&Defesa

19 Comentários

  1. Senhores, uma velocidade final 34km/h sobre um Westland Lynx (robusto, testado e operacional) não me pareceu um resultado formidável como apontam os colegas da Sikorsky. Seu conceito de rotores contra-rotativos vem dos Kamov Russos, e um propulsor na cauda me parece algo lógicvo, porém com mais partes móveis e um eixo longo para operá-lo. Poderia ser uma turbina a gás independente do rotor(res) principal. É um DEMO e precisa melhorar muito para se tornar confiável e operacional. A idéia não é nova. É um dirigível moderno e mais veloz.

  2. O helicóptero terá que mudar em um futuro não distante…

    E para variar, os americanos sempre estão na frente em questões de evolução por saltos…

    Inovação tecnológicas são expert no assunto…

  3. Wolfpack :
    Senhores, uma velocidade final 34km/h sobre um Westland Lynx (robusto, testado e operacional) não me pareceu um resultado formidável como apontam os colegas da Sikorsky. Seu conceito de rotores contra-rotativos vem dos Kamov Russos, e um propulsor na cauda me parece algo lógicvo, porém com mais partes móveis e um eixo longo para operá-lo. Poderia ser uma turbina a gás independente do rotor(res) principal. É um DEMO e precisa melhorar muito para se tornar confiável e operacional. A idéia não é nova. É um dirigível moderno e mais veloz.

    Wolfpack,

    A variável velocidade é apenas um dos fatores na equação, sendo o principal a autonomia, calcanhar de aquiles das aeronaves de asas rotativas, creio eu.

    Abs.

  4. É, mas na versão militar tem que ver como ele reage carregado de armamento,munição, blindagem e combustível .
    Só o piloto e Deus na cabine é fácil.

  5. Wolf,
    A velocidade alcançada pelo Super Linx naquela ocasião foi em condições excepcionais onde sua intenção era quebrar um record.
    Em geral um helicóptero não ultrapassa 300 km por hora e como o Raptor falou, espera-se que tenha o dobro do alcance.
    A proposta do X-2 é fazer como rotina 500 km por hora como velocidade de cruzeiro.
    Quanto aos rotores coaxias serem originados dos Kamov eu discordo.
    Provavelmente desde o início do Século XX que os projetistas de helicópteros sabem que o uso de rotores coaxiais contrarrotativos não induzem ao torque e funcionam muito bem, tornando-se de domínio público há tempos.
    Por outro lado os primeiros que fizeram um helicóptero usando esse conceito foram os americanos, com seu drone antisubmarino DASH, desenvolvido na década de 50 e colocado em operação na Marinha Americana a bordo de destróiers, tendo sido depois substituído pelo míssil ASROC.
    Mas os soviéticos, quando projetaram o Kamov, também não copiaram os americanos, que como já disse é conceito antigo e tecnologia de domínio público há muito tempo.
    Outros projetistas fora da URSS/Rússia nunca se interessaram muito pelo conceito porque sempre se mostrou menos eficiente, mais pesado, mais oneroso, mais complexo, etc, que o conceito convencional com um rotor principal e um pequeno rotor antitorque.
    Os soviéticos só usam esse sistema por trazer algumas vantagens, sendo a maior delas, permitir uma redução do diâmetro das pás do rotor e do comprimento total da aeronave, bom para helicópteros que operam a partir de navios.
    No X2, apesar de usar um sistema de rotores axiais que à primeira vista se assemelha ao usado no Kamov, é de tecnologia e de conceito bem mais avançado.
    Uma das características é que essa tecnologia consegue reduzir os efeitos deletérios da “pá que avança” e, junto com uma hélice propulsora, consegue fornecer grande velocidade à aeronave com mínimo esforço, já que por não ser necessária para a propulsão, o rotor (ou, os rotores) principal trabalha em autorotação durante o vôo de cruzeiro, tendo sua velocidade de giro reduzida.
    Vale salientar que os russos também desenvolvem projetos com esse conceito.
    Um abraço.

  6. Xtreme,
    Helicópteros que possuem hélices propulsoras (como esse X2) são conhecidos como helicópteros ou aeronaves compostas.
    Em geral a hélice propulsora é usada no vôo de cruzeiro para permitir que o rotor trabalhe em “auto-rotação”, ou seja, desconectado do motor. Isso permite que não ocorra alguns fenômenos comuns em helicópteros convencionais que estão em grande velocidade, já que a soma da velocidade do helicóptero com a velocidade da pá que avança começa a se aproximar da velocidade do som trazendo uma série de efeitos nocivos ao vôo, como por exemplo o aumento do arrasto, da vibração e perda de sustentação.
    Por isso helicópteros não voam muito acima de 300 km por hora.
    Quando um helicóptero tem uma hélice propulsora independente, a velocidade de rotação do rotor pode ser reduzida já que a propulsão não depende dele. Estando reduzida a velocidade de rotação do rotor, a “pá que avança” não se aproxima da velocidade do som quando o helicóptero se move mais rápido, portanto, não cria os efeitos adversos, e o helicóptero pode ir mais rápido.
    Alguns helicópteros compostos possuem até asas que permite que o rotor principal seja “aliviado” ao máximo, e existem projetos que fazem até mesmo que ele pare de girar por completo, como no helicóptero do filme que você mostrou. Só que aí, ele deixa de ser um helicóptero e passa a ser o que se costuma chamar de “convertiplano”. Um exemplo de convertiplano é o V-22.
    Um abraço.

  7. Um exemplo de outro helicóptero composto é o X-49A. Um programa americano baseado num UH-60 Black Hawk dotado de uma hélice propulsora e asas.
    Ele também pode fazer mais de 450 km por hora e seu rotor irá trabalhar “aliviado”.
    O X-2 não precisa de asas e a Sikorsky afirma que a transição de vôo pairado para o vôo de cruzeiro é bem mais suave.
    Também a Sikorsky afirma que o X2, por não ter asas, é tão eficiente em “vôo pairado” quanto um helicóptero convencional qualquer. As asas encontradas na maioria dos projetos de aeronaves compostas, como por exemplo nesse X-49A, influem de modo negativo no vôo pairado.

  8. É engraçado pensar que um dos fatores limitadores de velocidade max. em helicóptero é o próprio rotor principal; cujas pás estolam em vôo reto e nivelado, a “grandes” velocidades. O ar em grandes velocidades não consegue mais fluar “colado” no aerofólio, e acaba turbilhonando, estolando as pás

  9. Já que o tema é sobre esta aeronave experimental de asa rotativa, lembrei-me agora de uma antiga predição de 1950, nos EUA. Segundo alguns “profetas” da época, por volta do ano 2000 boa parte dos lares americanos da classe média alta teria um helicoptero (gyro) na garagem. A realidade derruba todas as conjecturas…

  10. o desenho do “High Speed Attack” lembra o do RAH 66 Comanche…

    Deve dar um “aperto no coração” da “Sikorsky” ver que aquele projeto deu com os burros n’água… kkk

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