Irã deveria abandonar anti-semitismo, afirma Fidel Castro

Fidel

O ex-presidente cubano Fidel Castro disse em entrevista a uma revista americana que o Irã e o seu presidente, Mahmoud Ahmadinejad, deveriam abandonar o anti-semitismo e tentar entender os motivos pelos quais os judeus foram perseguidos em todo o mundo ao longo da história.

Castro convidou o jornalista Jeffrey Goldberg, da revista americana The Atlantic Monthly, para uma conversa em Havana, depois de ter lido um artigo seu sobre as relações entre Israel e Irã.

O ex-presidente cubano está afastado do poder desde 2006 devido a problemas de saúde. Ele renunciou ao cargo em favor do seu irmão, Raúl Castro, que hoje governa Cuba.

Nas últimas semanas, Fidel Castro tem demonstrado que seu estado de saúde melhorou. No mês passado, o líder fez seu primeiro discurso no Parlamento nos últimos quatro anos.

Na semana passada, ele falou a milhares de estudantes da Universidade de Havana. Nas duas ocasiões, Fidel abordou o risco de uma guerra nuclear envolvendo Estados Unidos, Irã e Israel.

Recado

Na entrevista para a Atlantic Monthly, cuja primeira parte foi publicada no site da revista na terça-feira, Fidel diz que nenhum povo foi tão perseguido na história quanto os judeus.

“Os judeus tiveram uma existência muito pior que a nossa. Não há nada que se compare ao Holocausto”, disse Castro a Goldberg, que é especializado em Oriente Médio. Em seguida, Fidel Castro pede que o jornalista passe o recado para Ahmadinejad.

Em um trecho da entrevista, Fidel faz uma autocrítica sobre a sua posição na crise dos mísseis, durante a Guerra Fria.

Em 1962, a União Soviética instalou uma base militar em Cuba para apontar mísseis para os Estados Unidos, no momento mais tenso da Guerra Fria, quando as duas superpotências quase entraram em guerra nuclear.

“Depois que eu vi o que eu vi, e sabendo o que eu sei hoje, eu sei que aquilo não valia a pena”, disse Fidel à revista.

2 Comentários

  1. Tem que ver que o Fidel nunca pregou o Racismo, mas somente o anti-capitalismo, que é um coisa distinta.

    No meu ver isso tudo nem chega a ser anti-semitismo, mas somente populismo so Almadinejah. Seria ridículo querer o consenso entre os Árabes falando bem ou até mesmo aceitando o que fazem na palestina e região… então o cara puxa o carro para o lado mais fácil de se obter consensos, fazendo o falastrão populista!

    Valeu!!

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