Agência da ONU diz que Irã não coopera com inspeções nucleares

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Um relatório da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgado nesta segunda-feira acusa o Irã de não colaborar com as inspeções do órgão da ONU, ocultando informações consideradas fundamentais sobre o propósito de seu programa nuclear.

Além disto, segundo o informe, o país continua produzindo urânio de baixo grau de enriquecimento, apesar das sanções impostas em junho pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

Segundo o documento, cuja cópia foi obtida pela BBC, a AIEA não tem como confirmar que o programa nuclear iraniano é totalmente pacífico, pois o Irã coloca objeções ao trabalho dos inspetores.

O relatório diz que Teerã repetidas vezes apresentou objeções aos inspetores escolhidos pela agência para trabalhar no país persa, prejudicando a realização do trabalho.

Além disso, com a recusa do governo de Teerã em colaborar nos últimos dois anos, “a possível deterioração na disponibilidade de várias informações relevantes aumentam a urgência deste assunto”.

Desde novembro de 2009, diz a AIEA, o estoque iraniano de urânio de baixo enriquecimento (até 20%) aumentou em 15%, chegando a um total de 2,8 toneladas.

Este material pode ser suficiente para produzir duas bombas atômicas, caso seja enriquecido até 90%.

Programa nuclear polêmico

O programa nuclear iraniano é marcado por polêmica. Enquanto o país afirma que seus esforços em produzir energia atômica são pacíficos, os Estados Unidos e muitos de seus aliados acreditam que o governo de Teerã pretende obter armas nucleares.

Em 17 de maio deste ano, o Irã assinou um acordo negociado entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu colega iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, no qual o governo de Teerã concordou em enviar urânio para ser enriquecido no exterior, em troca de combustível para um reator nuclear para pesquisas médicas.

O acordo foi considerado insatisfatório por parte dos Estados Unidos, que imediatamente circularam uma nova proposta de sanções contra o Irã. O Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução em 9 de junho.

Entre outros pontos, a resolução pede que todos os países inspecionem, em portos e aeroportos dentro de seus territórios, cargas suspeitas de conter itens proibidos a caminho do Irã ou vindos do país.

As sanções também incluem o congelamento de ativos de 40 empresas iranianas e de um alto funcionário ligado ao programa nuclear iraniano, que ficará sujeito a uma proibição de viagens para fora do país. Outros 35 iranianos que já eram submetidos a “vigilância” passaram a ser afetados pela proibição.

Fonte: BBC Brasil

14 Comentários

  1. A comunidade internacional precisa jogar duro com esses párias do mundo e impedir que esses loucos construam armas nucleares.

  2. FRITANDO O XÁ.

    Fico só imaginando os tipos de itens AIEA quer empurrar de guarganta a baixo nos pérsias.
    Desde o início já se sabiam que tal comportamento dos EUA,junto ao CS chegariam a tal situação,falta de conselho não foi.
    Alias, é tudo meticulosamente planejado,só nós que não percebemos.

  3. Jose Vanildes Luiz :
    A comunidade internacional precisa jogar duro com esses párias do mundo e impedir que esses loucos construam armas nucleares.

    Thiago Marques :
    E Israel coopera?

    Pois é , nê?!?! é os SSioniSStras?Que eu saiba só te spay entre os ” inspetores” da AIEA e td pró ianks…e eles só estão enriquecendo à 20 % até provas ao contário. Sds.

  4. Ao menos ninguém vê Binyamin Netanyahu semanalmente ameaçando varrer o Irã do mapa tal como vitupera Adolfinejad. Da mesma forma não se vê Ehud Barak ameaçando aniquilar o Irã tal como se vê Ahmad Vahidi, terrorista que não pode sair do Irã pois possui contra si mandado de prisão expedido pela INTERPOL por envolvimento no atentando contra a AMIA em Buenos Aires.

  5. HMS_TIRELESS :
    Ao menos ninguém vê Binyamin Netanyahu semanalmente ameaçando varrer o Irã do mapa tal como vitupera Adolfinejad. Da mesma forma não se vê Ehud Barak ameaçando aniquilar o Irã tal como se vê Ahmad Vahidi, terrorista que não pode sair do Irã pois possui contra si mandado de prisão expedido pela INTERPOL por envolvimento no atentando contra a AMIA em Buenos Aires.

    Se EUA e Israel são inimigos do Iran e são… Então é inevitável, que o Iran se torne inimigo do mesmos.

    De resto. típica inversão dos fatos…

    Não vejo o Iram ameaçar o país sionista, sem ser provocado e ameaçado primeiro por Israel. E revidar faz parte deste jogo retórico…

    Na verdade, o que vejo que vejo é israel regularmente, ameaçar com ataques ao Iran.

    Quanto as tais famosas declarações de Ahmadinejad, foram feitas uma vez, suas palavras foram distorcidas, amplificadas e repetidas ad infinitum.

    E sinceramente, eu queria conhecer “a longa lista de crimes” da qual Ahmadinejad é acusado. Queria compará-la com a longa lista de crimes que Israel praticou e continua praticar no Oriente. Também com a longuíssima e interminável lista de crimes que o EUA cometem ao redor do mundo.

    Haja hipocrisia!

  6. Wi :

    HMS_TIRELESS :
    Ao menos ninguém vê Binyamin Netanyahu semanalmente ameaçando varrer o Irã do mapa tal como vitupera Adolfinejad. Da mesma forma não se vê Ehud Barak ameaçando aniquilar o Irã tal como se vê Ahmad Vahidi, terrorista que não pode sair do Irã pois possui contra si mandado de prisão expedido pela INTERPOL por envolvimento no atentando contra a AMIA em Buenos Aires.

    Se EUA e Israel são inimigos do Iran e são… Então é inevitável, que o Iran se torne inimigo do mesmos.
    De resto. típica inversão dos fatos…
    Não vejo o Iram ameaçar o país sionista, sem ser provocado e ameaçado primeiro por Israel. E revidar faz parte deste jogo retórico…
    Na verdade, o que vejo que vejo é israel regularmente, ameaçar com ataques ao Iran.
    Quanto as tais famosas declarações de Ahmadinejad, foram feitas uma vez, suas palavras foram distorcidas, amplificadas e repetidas ad infinitum.
    E sinceramente, eu queria conhecer “a longa lista de crimes” da qual Ahmadinejad é acusado. Queria compará-la com a longa lista de crimes que Israel praticou e continua praticar no Oriente. Também com a longuíssima e interminável lista de crimes que o EUA cometem ao redor do mundo.
    Haja hipocrisia!

    Wi, vc está terrível, mt panfletário, como diria o hms_tireless,e sinal q o panfleto tem matéria , pode até virar um livro, das atrocidades SSioniSStras,faço minhas as suas palavras,Sds.

  7. Israel já tem a força necessária para se fazer respeitar.

    E se realmente quiser a paz , se escudado em sua fortaleza militar, mantiver a paz com seus vizinhos, não vejo ameaças a sua existência.

    Já se tomar a iniciativa de atacar outros países, a instabilidade aumenta e as ameaças também…

  8. Israel não ameaça. Israel EXTERMINA os palestinos. Um verdadeiro genocídio. É cômico como qualquer acusação feita contra os inimigos de Israel pode muito bem ser devolvida pros sionistas numa dose maior.

  9. É preciso saber ler a nota: diz que há “objeções” ou “não colaboração”, e não que há da parte iraniana, “impedimento”, ou seja, negação da possibilidade de visita dos inspetores. O Irã permite a visita desses inspetores, além de ser signatário do Tratado de Não Proliferação, algo que o Estado de Israel, tão defendido e incensado, não o é. Cabe lembrar que nós, brasileiros, também impomos aos inspetores da AIEA condições, pois, também apresentamos as nossas “objeções”.

    Poucos sabem, mas estes inspetores costumam se portar de forma leviana: certa vez, um deles tentou visualizar uma das nossas ultra-centrífugas, levantando o tapume. Foi de imediato imobilizado com golpes de jiu-jitsu.
    Reclamou depois, de ter sofrido “bárbara agressão”. O Governo Brasileiro, então, descreveu o ato do inspetor, que diga-se, foi gravado pelas câmaras de segurança.

  10. INEGAVELMENTE OS INSPETORES ESTÃO A SERVIÇO DOS EUA, ASSIM COMO A ONU, OTAN E OUTROS ORGÃOS INTERNACIONAIS, NÃO QUEREMOS QUE O IRÃ TENHA ARMAS NUCLEARES, MAS SE O IRÃ ABRIR SUAS PORTAS COMPLETAMENTE, ESTARÁ LEGITIMANDO DELES TAMBÉM QUEREREM VIR AQUI E DESCOBRIR O NOSSO, POIS SE O IRÃ ABRIU, TODOS TEM QUE ABRIR TAMBÉM, SENÃO EMBARGOS E ATAQUES DA OTAN.

  11. HMS_TIRELESS :Ao menos ninguém vê Binyamin Netanyahu semanalmente ameaçando varrer o Irã do mapa tal como vitupera Adolfinejad. Da mesma forma não se vê Ehud Barak ameaçando aniquilar o Irã tal como se vê Ahmad Vahidi, terrorista que não pode sair do Irã pois possui contra si mandado de prisão expedido pela INTERPOL por envolvimento no atentando contra a AMIA em Buenos Aires.

    quinta-feira, 2 de setembro de 2010
    JUDEUS DO IRÃ VIVEM MUITO MELHOR QUE OS PALESTINOS DE GAZA
    “Há 25 mil judeus no Irã. É a maior população judaica no Oriente Médio fora de Israel. Os judeus iranianos não são perseguidos nem sofrem abusos do estado; de fato, estão protegidos sob a constituição iraniana. São livres para praticar sua religião e para votar nas eleições.

    Por Mike Whitney, no “CounterPunch”

    Não são parados e revistados em checkpoints, não são brutalizados por um exército de ocupação e não estão confinados numa colônia penal densamente povoada (Gaza) onde sejam privados dos meios básicos de subsistência. Os judeus iranianos vivem dignamente e gozam dos benefícios da cidadania.

    O presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad é demonizado pela mídia ocidental. É chamado de anti-semita e de “novo Hitler”. Mas se essas alegações fossem verdade, então porque a maioria dos judeus iraquianos votou em Ahmadinejad nas recentes eleições presidenciais? Será possível que a maior parte do que se sabe sobre Ahmadinejad seja baseado apenas em boatos e em propaganda?

    Este trecho apareceu num artigo da britânica BBC:

    “O gabinete (de Ahmadinejad) fez recentemente uma doação monetária para o Hospital Judaico de Teerã. É um dos quatro únicos hospitais judaicos de caridade no mundo e foi fundado com dinheiro da diáspora judaica – coisa notável no Irã onde mesmo as organizações locais de ajuda têm dificuldade em receber fundos do estrangeiro por medo de serem acusados de agentes estrangeiros”.

    Quando foi que Hitler alguma vez doou dinheiro para hospitais judeus? A analogia com Hitler é uma tentativa desesperada de lavagem cerebral aos americanos. Nada nos diz sobre quem realmente é Ahmadinejad.

    As mentiras sobre Ahmadinejad não são diferentes das mentiras sobre Saddam Hussein ou Hugo Chávez. Os EUA e Israel estão tentando criar uma justificação para outra guerra. É por isso que a mídia credita a Ahmadinejad coisas que ele realmente nunca disse. Ele nunca disse que quer “varrer Israel do mapa”. Essa é mais uma ficção. O autor Jonathan Cook explica o que disse realmente o presidente:

    “Este mito tem sido interminavelmente reciclado desde que ocorreu um “erro” de tradução num discurso de Ahmadinejad dois anos atrás. Especialistas em farsi atestaram que o presidente iraniano, longe de ameaçar com a destruição de Israel, estava citando um antigo discurso do Aiatolá Khomeini no qual ele reassegura aos apoiadores da Palestina que “o regime sionista em Jerusalém” iria “desaparecer das páginas do tempo”.

    Ele não estava ameaçando exterminar judeus ou Israel. Estava comparando a ocupação israelense da Palestina com outros sistemas ilegítimos cujo tempo havia passado, incluindo os xás que outrora governaram o Irã, o apartheid na África do Sul e o império [NR] soviético. Não obstante, a tradução errônea sobreviveu e prosperou porque Israel e seus apoiadores a exploraram para seus próprios propósitos de propaganda” (“Israel’s Jewish problem in Tehran”, Jonathan Cook, The Electronic Intifada)

    Ahmadinejad não representa qualquer ameaça para Israel ou para os EUA. Como todos no Oriente Médio, ele quer apenas um alívio da agressão israelense e norte-americana.

    Isto é da “Wikipedia”:

    “O Departamento de Estado dos EUA tem alegado discriminação no Irã contra judeus. De acordo com seu estudo, os judeus não podem ocupar posições importantes no governo e estão proibidos de servir nos serviços judiciário e de segurança e de tornar-se diretores de escolas públicas. O estudo diz que cidadão judeus podem obter passaportes e viajar para fora do país, mas a eles são freqüentemente negadas as permissões de múltiplas saídas normalmente concedidas a outros cidadãos. As alegações feitas pelo Departamento de Estado norte-americano foram condenadas pelos judeus iranianos. A Associação de Judeus de Teerã diz numa declaração, “nós judeus iranianos condenamos as declarações do Departamento de Estado dos EUA sobre as minorias religiosas iranianas, anunciamos que estamos totalmente livres para executar nossos deveres religiosos e não sentimos nenhuma restrição para realizar nossos rituais religiosos”.

    Em quem deveríamos acreditar: nos judeus que realmente vivem no Irã ou nos encrenqueiros do Departamento de Estado norte-americano?

    Há seis açougues kosher, 11 sinagogas e diversas escolas hebraicas em Teerã. Nenhum funcionário de Ahmadinejad nem de qualquer outro governo iraniano fez qualquer tentativa de fechar essas instalações. Nunca. Judeus iranianos são livres para viajar (ou mudar-se) para Israel se assim o desejarem. Não estão aprisionados por um exército de ocupação. Não estão privados de alimentos ou remédios. Seus filhos não crescem com doenças mentais originadas do trauma da violência esporádica. Suas famílias não são atingidas por barcos armados atirando enquanto circulam nas praias. Seus apoiadores não são esmagados por escavadeiras ou atingidos na cabeça por balas de borracha. Não são atingidos por gás ou espancados quando fazem demonstrações pacíficas por suas liberdades civis. Seus líderes não são caçados e assassinados premeditadamente.

    Roger Cohen escreveu um ensaio bastante cuidadoso sobre este tema para o “New York Times”. Diz ele:

    “Talvez eu seja um pouco tendencioso em relação aos fatos mais do que a palavras, mas digo que a realidade da civilidade iraniana acerca dos judeus nos diz mais sobre o Irã – seu refinamento e cultura – que toda retórica inflamada. Isso pode ser devido a eu ser judeu e ter sido frequentemente tratado com tanta gentileza no Irã. Ou talvez eu esteja impressionado com a fúria contra Gaza, trombeteada em posters e na TV iraniana, nunca se ter convertido em insultos ou violência contra judeus. Ou talvez seja porque eu esteja convencido de que a caricatura do Irã como “o Mullah Doido” e a comparação de qualquer vínculo com Munich em 1938 – uma posição popular em alguns círculos judaicos norte-americanos – seja incorreta e perigosa”. (“What Iran’s Jews Say”, Roger Cohen, New York Times).

    As coisas não são perfeitas para os judeus que vivem no Irã, mas são melhores do que para os palestinos que vivem em Gaza. Muito melhor.”

    FONTE: escrito por Mike Whitney e publicado no “CounterPunch”, no “Pátria Latina” e no portal “Vermelho” (http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=136082&id_secao=9).

    ou

    http://democraciapolitica.blogspot.com/2010/09/judeus-do-ira-vivem-muito-melhor-que-os.html

  12. É meio enganoso, esse cartoon.

    Que o fim do programa nuclear do Irã é de produzir armas nucleares, me parece claro. Mas nem por isso pode-se dizer que a intenção do Irã é belicosa ou é a de destruit os EUA ou Israel – dois países com armas nucleares que saberiam muito bem responder a um ataque do Irã, seja convencional ou nuclear.

    Tem muito brasileiro – eu, inclusive – que gostaria de ver o país armado de armas nucleares só com o mero fim de protegê-lo de exploração estrangeira. Então, com o Irã é a mesma coisa.

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