Polícia francesa apreende documentos na sede da DCNS

http://www.wikiwak.com/image/Scorpene+malaisien+vue+de+trois+quart+arriere+2.jpg

Sugestão: OTV

Venda de Scorpène para a Malásia está sob investigação de procuradoria

Autoridades policiais francesas realizaram uma busca nos escritórios da empresa DCNS e do grupo Thales e apreenderam diversos documentos. O objetivo da operação era coletar informações sobre a venda de três submarinos Scorpène para a Malásia pelo valor de um bilhão de euros.

Conforme informações da Agência France Presse a DCNS “não confirmou nem negou a informação” sobre a ação dos policiais, ocorrida na semana passada.

Segundo o grupo malaio de direitos humanos Suaram a venda dos submarinos, negociada em 2002, foi marcada por casos de corrupção e pagamentos de propina. A acusação foi aceita pela procuradoria francesa, que abriu uma investigação sobre o caso no último mês de março.

O grupo malaio alega que a empresa Aramis, uma subsidiária da Thales em conjunto com a DCN que realizou a venda na época, teria pago uma comissão de 114 milhões de euros para uma empresa chamada Perimak. Esta empresa teria vínculos com pessoas ligadas ao primeiro ministro malaio Najib Razak. Naquela época o atual primeiro ministro era ministro da defesa da Malásia e foi o responsável pela negociação dos submarinos.

De acordo com a lei francesa, desde 2000 o pagamento de comissões sobre contratos relacionados com líderes estrangeiros é caso de corrupção.

Fonte: AFP via Poder Naval


Alguns links com a notícia:

France24

Expatica

Malaysian Mirror

Malaysian Mirror

7 Comentários

  1. Olha ai o exemplo de negociação francesa que eu critico,ai me criticam dizendo que meus comentarios não passam de achismo.Se perguntem qual foi o criterio de escolha da Odebrecht pelos franceses?Não me surprenderia daqui a pouco a seguinte reportagem”Policia francesa invade escritoria da DCNS pra investigar venda de submarino pro Brasil”.Enconto isso continuem me criticando.

  2. Do jeito q alguns políticos no Brasil (e até partidos políticos) são altamente corruptos, quem sabe não correu aí uma graninha por fora p/ q o Scorpene fosse escolhido?

    Se aconteceu dessa forma, a graninha poderia até ser usada para financiar campanha à presidencia.

    E a escolha de uma certa construtora sem licitação para construir os estaleiros do Prosub?

    Será q é a mesma q recentemente formou uma joint venture com a DCNS?

    Lembram q teve diretor de um partido político aí q ganhou até uma Land Rover de presente, fruto da corrupção sistêmica em nosso país?

    É… e tempos atrás tinha um partido político da oposição q chamava tudo e a todos de ladrão, mas quando comeu mel se lambuzou todo.

  3. Jakson, que o futuro diga se estás certo ou não…
    Novamente, as críticas ao seu achismo são pura e simplesmente pela ausência de provas.
    Se suas críticas se concentrassem em aspectos mais técnicos ou fossem menos fantasiosas, não existiria problema algum, faz parte das discussões do blog. Eu não existe argumento aqui que seja da concordância de todos que participação das discussões, porém existem argumentos e formas de argumentação que merecem crédito e respeito.

    Sobre o caso, eu acho que é um bom exemplo para qualquer um que queria buscar os canais de denúncia, que denunciem a justiça francesa, eles deixam claro com este tipo de processo que se preocupam muito mais com a clareza e limpeza do processo que os próprios consumidores.

    Então seriam estes tão ardilosos assim como tanto você diz Jakson? Óbvio que um pouco de tempo você irá achar algum ponto para rebater e falar que ou isso é só encenação e não dará em nada ou está ocorrendo somente para “rito sumário”.

    O fato é que as justificativas técnicas que a Marinha já colocou várias vezes para a escolha de seu modelo de submarino é real, e este ponto é tão marcante e forte que os opositores do processos/escolha via blog não comentam ou fingem não existir.
    Aliás, é mais fácil se calar diante de uma verdadeita “marretada” técnica extremamente bem colocada e explicada não é?

    Casos de corrupção são repudiáveis e devem ser investigados, analisados e punidos, infelizmente o mundo não está livre disso e não é só na Malásia, no Brasil ou na França que isso ocorre, o importante é manter o foco e fazer com que responsáveis sejam punidos.
    No caso de compra de equipamento de defesa, é uma pena que a sombra da corrupção siga os processos, todos eles são suscetíveis a isso infelizmente, porém o foco mais importante é que o equipamento seja funcional e bom o bastante para cumprir com a função.

    Não estou de forma alguma sendo conivente, creio que a corrupção deve ser investigada, julgada e punida, mas sinceramente, continuar a criticas os SBR é para mim uma boa prática do “só sei falar mal”.
    Foi a escolha da Marinha, é um bom produto e será customizado às nossas necessidades e demandas e veio com um pacote que a Marinha queria e nenhum outro fornecedor pode (ou quis) oferecer.

    Em último caso, aos que tanto são “órfãos da mãe reclamação”, disponham então do termo “Quem não tem cão, caça com gato” e sinceramente, dependendo do gato vale muito mais do que um cão.

    Por último, quem me vier com a história de que “podíamos fazer um aqui no Brasil do 0”, não vale nem comentar.

  4. Jackson, pelo que li num forum da alide, os S-BR serão tecnicamente bem diferentes dos Scorpene operados pela Marinha chilena, até mesmo pela mais estratégica cooperação de termos que se inserem na aliança tecnológica e militar com a França.

    “O submarino passará a medir perto de 70 metros de comprimento, entre quatro a cinco metros, mais comprido do que o Scorpène padrão vendido para o Chile e para a Malásia.

    O essencial sistema de combate dos submarinos brasileiros, será bastante modernizado em relação àquele instalado nos Scorpènes chilenos e malásios. Na parte de motorização, haverá outra grande alteração: ao invés de usar apenas dois grandes motores diesel , como nos demais submarinos Scorpène, a MB solicitou à DCNS que se empregasse, alternativamente, no S-BR quatro motores de menor porte no seu lugar.

    O S-BR terá dois periscópios, sendo apenas um deles tradicional (ótico), do tipo penetrante no casco. O outro se compõe de um câmera de vídeo digital na ponta do mastro capaz de transmitir a imagem capturada para uma ou mais telas no interior do submarino, sem que, para isso, seja preciso abrir um outro orifício no casco de pressão. O S-BR terá seis consoles multi-função digitais que podem se substituir mutuamente, sem restrições, caso um deles apresente uma pane.

    Toda a parte frontal do primeiro submarino S-BR, da proa até depois do compartimento de comando/combate, será construída na França, com a participação direta dos engenheiros civis e militares brasileiros alocados a este projeto. Daí em diante, 100% dos demais submarinos passará a ser construído no novo estaleiro no Brasil. Em alguns dias, chegarão a Cherbourg e a Lorient os primeiros brasileiros que trabalharão no processo de absorção da tecnologia transferida pelos franceses dentro deste programa.”

    Acredito que com isso, nossa prioridade deveria ser na constante vigilância do andamento do programa, com observação no cumprimento dos trâmites e cronogramas acordados. Até porque já começou a produção, na França pela primeira fase daquilo que deve cristalizar o decorrer de eventos da parceria, passando das intenções ou momento de avaliações, para ações definidas. E, desejando que não ocorram graves problemas no processo uma vez que serão máquinas utilizadas pela nossa MB.

    Falou e obrigado

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