UAVs / UCAVs — Discussões sobre o futuro dos aviões de combate.

Autor: konner

Tentar efetuar um combate ar-ar em um UAV, seria como ter uma luta de facas em uma cabine telefônica, olhando por dentro de um rolo de papel higiênico.

Você pode tentar o quanto quiser, mas ao final vai morrer.

O combate ar-ar, mais que qualquer outro tipo de enfrentamento aéreo, continuará a ser, por muito tempo, o domínio do piloto de caça.

Muitos defensores talvez digam que combates aéreos de contato visual é coisa do passado, só que, as regras de engajamento nem sempre permitem disparos BVR, preferindo uma identificação visual mais conservadora, e os mísseis, como todas as formas de tecnologia, podem ficar “burros” e falhar.

Existe ainda a necessidade de aeronaves tripuladas enfrentarem outras aeronaves em dogfights de manobras visuais.

Não obstante, os UAV talvez tenham alguma função útil no combate aéreo.

Dotá-los de capacidade de radar ar-ar permitiria táticas de conexão de dados por radar remoto ou lançamento de mísseis para além do alcance visual, que poderiam ser guiados pelo feixe do radar do UAV.

Outros usos táticos, como usar UAVs para permitir a identificação visual de longo alcance de aeronaves adversárias ou o apoio a patrulhas aéreas de combate, estando em território hostíl ou não.

O poder aéreo sempre foi um fator decisivo nos conflitos, mas por melhor que fosse a aeronave, sem um piloto bem treinado para utilizá-la, ela não teria a mesma efetividade como arma.

Hoje um meio aéreo, criado para reconhecimento por controle remoto, o UAV (Unmanned Aerial Vehicle ou Veículo Aéreo Não Tripulado), toma boa parte das discussões sobre o futuro dos aviões de combate.

Isto porque agora temos também o UCAV (Unmanned Combat Aerial Vehicle), versão armada daquelas pequenas aeronaves, mostrando seu grande potencial como arma estratégica.

Vários países, a exemplo dos Estados Unidos, vêm desenvolvendo UAVs / UCAVs, entre eles Israel, África do Sul, Brasil, Suécia, Alemanha, França e outros.

Porém os americanos estão na vanguarda, já trabalhando em uma nova geração, com tecnologia stealth, capazes de operar a partir de bases em terra, porta-aviões ou submarinos, com uma carga bélica maior que inclui mísseis cruise, ar-superfície e anti-radiação, que teoricamente poderão atacar alvos importantes e bem protegidos, poupando vidas preciosas, sem precisar expor os pilotos.

Contudo, recordo-me da época em que um general disse que o filme Guerra nas Estrelas, nos ensinava três lições:

— Sempre haverá pilotos de caça,

— Sempre haverá bares para pilotos de caça e,

— O lançamento de bombas durante a recuperação do mergulho [dive toss] nunca funciona.

5 Comentários

  1. Eua um pais dominador sempre desenvolvendo armas de destruição,e ainda vendem isso e bem lucro na morte e destruição aleia e tudo a favor da economia americana

  2. Combate ar-ar em alcance visual nunca vai acabar, mesmo porque se o radar AESA veio estender a zona de engajamento para a casa de 3 dígitos a tecnologia “stealth” irá fazer o contrário.
    O que, no meu modo de ver, está com os dias contados é o dogfight clássico, onde um caça tenta se posicionar às 6 horas do oponente.
    O combate em alcance visual provavelmente será em velocidade supersônica e os caças irão lançar seus mísseis all aspect, implementar contra-medidas e se evadir. Tudo isso em poucos segundos, muito rápido para o Brain Mk-1 e muito desgastante para a fisiologia humana.
    Acho que os pilotos e os bares para pilotos serão substituídos por garotos imberbes e lanchonetes com milk shakes e big macs e isso por pouco tempo já que num futuro um pouco mais distante, mesmo esses garotos correm o risco de perder o emprego.
    Um abraço a todos.

  3. Não faz sentido algum dizer e justificar q esses aviões não servem para guerra ar-ar, pois é obvio que não servem, não foram feitos para isso, uma das principais limitações é q possuem apenas camera na parte inferior com angulo de visão restrita.

    Agora, dizer q guerra de aviões não tripulados é algo muito distante é balela, pois com a tecnologia jah existente poderia ser projetado um avião para esse fim, bastaria encher de cameras em um avião um pouco maior, e os soldados em terra (proximos ao combate, para não dar muito atraso/delay) com oculos com visores controlariam o “caça” não tripulado… Sistemas de segurança redundantes e comunicação criptografada, etc…

    Qualquer criança poderia deduzir isso…

  4. Bosco,

    concordo com sua visão. Acho que a tecnologia morde e assopra ao mesmo tempo (hehe), mais ou menos como vc disse em relação ao dogfigtht “clássico”.

    abração

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