Os mísseis em viagem

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Tecnologia de mísseis e enriquecimento de urânio trouxeram Ahmadinejad ao Brasil e devem levar Lula ao Irã

Janio de Freitas

AINDA que não se discuta se o Brasil deve se tornar um arsenal, como fruto das ideias estratégicas do governo Lula, ao menos as iniciativas para tentá-lo mereceriam alguma consideração. Acima dos interesses políticos e da preguiça mental que se associam contra contra todo tema sério.

Os sombrios negócios concluídos, uns, e pretendidos outros com a França, já se mostraram discutíveis nos pretensos fundamentos militares e, de outra parte, conduzidos muito mais à maneira de regimes autoritários que de democracias.

Nesse túnel de obscuridades o governo põe mais uma presença, sempre com os indícios de uma ótica estreita e alcance curto.

Lula programou para março uma viagem ao Irã. Não uma viagem de cortesias mútuas, mas também de discussão em torno de altas transações. As relações fraternais que o governo brasileiro desenvolve com o governo de Ahmadinejad -exemplo de arbitrariedade inadmissível, cuja oposição é respondida por bala ou pela forca- só se destina a contestar os Estados Unidos como efeito indireto. Os motivos imediatos estão nas tais concepções estratégicas do governo Lula.

Desde que os Estados Unidos fizeram do Irã uma potência militar, ao tempo do Xá e da Guerra Fria, os iranianos dedicam grande parte de sua fortuna petrolífera a se desenvolverem militarmente. Antes, em aquisições e em quantidade; nos tempos mais recentes, em tecnologia. Um dos frutos dessa persistência, acelerada pela política de Israel, foi exibido no final de 2009 como resultado de um projeto aprimorado no decorrer do ano: o Irã está na arena, cujos confrontos nada têm do tão falado clube, dos detentores de mísseis de grande alcance. O Sajjil-2 já chega a alvos a 2.000 km. E, se pode alcançar desde partes da Europa até o ocidente da China, tudo indica que o progresso tecnológico do Irã não tardará a levá-lo ainda mais longe.

Mísseis foram os grandes figurantes militares da Guerra Fria em seu lado de confrontação entre Estados Unidos e União Soviética; no presente são uma preciosidade também de avanços científicos e tecnoeconômicos; e são parte essencial do futuro. Vaga embora, uma noção do que está no interior disso tudo o Brasil tem, mesmo que sua tal estratégia não chegue a mais do que intenções militares. E o Brasil está mal, muito mal, em relação a mísseis.

Além do acidente que incinerou o foguetinho brasileiro e várias das personagens mais importantes do setor, nas vésperas do lançamento em Alcântara, nenhum dos compromissos de empenho então assumidos por Lula se cumpriu. Na era dos mísseis, o Brasil está enrolado em discussão para concluir se a área de uma base está afeta à aeronáutica ou pertence a quilombolas (claro que é deles).

A Folha de sexta-feira trouxe uma notícia exclusiva de Clóvis Rossi sobre uma conversa entre os ministros do Exterior de Brasil e Irã, em Davos. Nela, disse Celso Amorim, seu colega apresentou o que denominou “novas ideias” para o enriquecimento de urânio iraniano no exterior, no grau necessário aos fins pacíficos que o governo do Irã atribui ao seu projeto nuclear. O Brasil poderia fazer esse enriquecimento, que o governo Ahmadinejad considerou inconfiável se feito na França ou na Rússia, como lhe foi proposto. Por isso mesmo as ideias podem ser novas quanto a modalidades, mas não quanto negociados enlaçamentos de Brasil e Irã.

Tecnologia de mísseis e enriquecimento de urânio trouxeram Ahmadinejad ao Brasil e devem levar Lula ao Irã. A permuta de viagens quer antecipar outras permutas. A custo internacional, para o Brasil, e institucional para a sonhada democracia brasileira, que não se pode prever em sua possível dimensão. Só em sua certa ocorrência.

Fonte: Folha de São Paulo via NOTIMP

8 Comentários

  1. Bom creio eu que o Brasil ainda não tem toda esta capacidade para enriquecer o urânio para uso nas usinas nucleares brasileiras e ainda para fornecer ao Irã, por outro lado a tecnologia de míssies intercontinentais é bastante atrativa, não só como arma de dissuasão pois esta tecnologia também pode ser usada em setores espaciais, vejo como uma boa perspectiva esta parceria, caso o Brasil consiga ter capacidade industrial para tal, assim sanamos os problemas do Irã com o CS, conseguimos provar mais uma vez que estamos tornando uma potência mundial, e o melhor ganharemos know how para o desenvolvimento de mísseis de longo alcançe.

    Abraço

  2. Bom creio eu que o Brasil ainda não tem toda esta capacidade para enriquecer o urânio para uso nas usinas nucleares brasileiras e ainda para fornecer ao Irã, por outro lado a tecnologia de míssies intercontinentais é bastante atrativa, não só como arma de dissuasão pois esta tecnologia também pode ser usada em setores espaciais, vejo como uma boa perspectiva esta parceria, caso o Brasil consiga ter capacidade industrial para tal, assim sanamos os problemas do Irã com o CS, conseguimos provar mais uma vez que estamos tornando uma potência mundial, e o melhor ganharemos know how para o desenvolvimento de mísseis de longo alcançe.

    Abraço

  3. Bom creio eu que o Brasil ainda não tem toda esta capacidade para enriquecer o urânio para uso nas usinas nucleares brasileiras e ainda para fornecer ao Irã, por outro lado a tecnologia de míssies intercontinentais é bastante atrativa, não só como arma de dissuasão pois esta tecnologia também pode ser usada em setores espaciais, vejo como uma boa perspectiva esta parceria, caso o Brasil consiga ter capacidade industrial para tal, assim sanamos os problemas do Irã com o CS, conseguimos provar mais uma vez que estamos tornando uma potência mundial, e o melhor ganharemos know how para o desenvolvimento de mísseis de longo alcançe.

    Abraço

  4. Emilio

    O dia em que esses pseudo-jornalistas deixarem de ser um mero partido político, o Brasil estará a caminho de ser bem melhor.Graças a democracia da NET, podemos refugar matérias extremamente tendenciosas e sem nenhum veracidade, como esta acima.

    O hipócrita de plantão, acha que o VLS é do Lula e o desqualifica, chamando-o de “foguetinho”. O “dito” quer também insinuar , que o Brasil esta adquirindo tecnologia de foguetes de longo alcance do Irã. Quanta asneira junta em uma só matéria. Tudo isso por puro alinhamento político-partidário com os tucanos.

  5. Emilio

    O dia em que esses pseudo-jornalistas deixarem de ser um mero partido político, o Brasil estará a caminho de ser bem melhor.Graças a democracia da NET, podemos refugar matérias extremamente tendenciosas e sem nenhum veracidade, como esta acima.

    O hipócrita de plantão, acha que o VLS é do Lula e o desqualifica, chamando-o de “foguetinho”. O “dito” quer também insinuar , que o Brasil esta adquirindo tecnologia de foguetes de longo alcance do Irã. Quanta asneira junta em uma só matéria. Tudo isso por puro alinhamento político-partidário com os tucanos.

  6. Emilio

    O dia em que esses pseudo-jornalistas deixarem de ser um mero partido político, o Brasil estará a caminho de ser bem melhor.Graças a democracia da NET, podemos refugar matérias extremamente tendenciosas e sem nenhum veracidade, como esta acima.

    O hipócrita de plantão, acha que o VLS é do Lula e o desqualifica, chamando-o de “foguetinho”. O “dito” quer também insinuar , que o Brasil esta adquirindo tecnologia de foguetes de longo alcance do Irã. Quanta asneira junta em uma só matéria. Tudo isso por puro alinhamento político-partidário com os tucanos.

  7. Quanta asneira em uma matéria só… Ainda bem que para ser jornalista não precisa mais ser formado em Comunicação Social… Afinal de contas eu me pergunto como um ser desses se formou em alguma coisa? Já que na matéria “ser gente” ele não se formou…

    Por mais que as conversas sejam “nebulosas” e “obscuras” olha a irresponsabilidade do cara em levantar suposições sem nenhuma comprovação minimamente teórica!!!

    Chamar o VLS de foguetinho foi dose, mas falar da questão dos Quilombolas e dizer que a terra é deles?!
    A terra é do BRASIL, índios já foram movidos para outras localidade, por que os quilombolas não podem?

    Em Brasília para a criação de um setor habitacional, moveram uma tribo indigena, por que não podem mover um grupo que mal existe para um interesse de segurança e tecnologia nacional?

    Mas… fazer o que… em um país onde um jornalista na nobre e importante missão de informar é um ser altamente parcial e sem capacidade de se descolar para uma análise aceitável… é assim…
    Vamos viver de acordo com o que a nossa nobre classe intelectual das ciências humanas pensa…
    Aliás… como ela anda pensando mal!

  8. O primeiro passo, não dos acoolicos anônimos , mas esclarecer este idiota desta mídia de apedeutas, é mostrar qual a diferença~entre um míssil da de um foguete laçador.

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