Zelaya desembarca em base militar na República Dominicana

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/3/3c/Manuel_Zelaya_detail,_ABR_August_07,_2007.jpgAFP  —  O ex-presidente hondurenho Manuel Zelaya chegou a uma base aérea perto da capital da República Dominicana, Santo Domingo, no fim da tarde desta quarta-feira, quase oito meses depois do golpe que o tirou do poder. O avião que transportou Zelaya aterrissou na base aérea de San Isidro às 22h (de Brasília).

Zelaya deixou Tegucigalpa acompanhado da mulher, Xiomara Castro, e dos dois filhos mais novos, além de Rasel Tomé, seu assessor. O presidente dominicano, Leonel Fernández, também estava no avião – ele foi a Honduras nesta quarta-feira para assistir à posse do novo presidente hondurenho, Porfirio Lobo.

Um forte esquema de segurança foi organizado na República Dominicana para a chegada de Zelaya. Altos funcionários dominicanos recepcionaram a comitiva do ex-presidente hondurenho, recebido com honras militares.

“Em nome de minha família, gostaria de agradecer os gestos de solidariedade e de grandeza deste país e deste povo, que hoje honra a família da América Central”, declarou Zelaya, afirmando ter permanecido “129 dias prisioneiro” em seu país.

“Foi alcançado um acordo na República Dominicana este mês, e este acordo hoje foi cumprido”, acrescentou, referindo-se ao acordo fechado entre Fernández e Lobo que previa um salvoconduto para que Zelaya saísse de Honduras após a posse da nova presidência.

“Nossa posição é pacífica, de democratas”, garantiu, sem falar sobre futuras ações.”É muito prematuro formular hipóteses”. O ex-presidente estava na embaixada brasileira em Tegucigalpa, onde se refugiou no dia 28 de junho de 2009, quando retornou clandestinamente a Honduras de seu exílio forçado.

“É motivo de grande honra e satisfação poder oferecer as mais cordiais boas-vindas ao ex-presidente Zelaya”, declarou, por sua vez, Fernández. “O presidente Zelaya é um símbolo da democracia latino-americana”, destacou o presidente dominicano, afirmando que seu país, “condena o golpe de Estado” que o derrubou.

Depois de conversar com a imprensa, Zelaya foi levado para um complexo turístico na província de La Romana, a 110 km de Santo Domingo, onde permanecerá por tempo indefinido.

Sugestão e colaboração: Konner

Fonte:   Terra

3 Comentários

  1. Vai encosto,é tarde; sacanagem é o q a justiça de honduras fez…é o car zelaya ñ tem perdão? Q o sr. lula se mantenha calado, o BRASIL fora deste enrolo. Q a OEA se pronuncie.Temos q dar um pito é no sr. chvez , está abusando.

  2. Mais um triste episódio de uma novela triste, de quem não sabe viver em Democracia se esta não lhes é favorável: banqueiros, militares de altas patentes, milionários, conservadores e outros que tais.

    Mais triste ainda é quando a imprensa se presta a capataz destes dislates, aliás ao longo da História muito tem feito para promover personagens sinistras e legitimar o ilegítimo.

    São as elites que emperram a “maioridade” dos países da América do Sul e Central.
    Ao mínimo desafio político, constitucional e jurisprudente, em vez de honrarem as leis do seu país e mostrarem que já são independentes, que já são crescidinhos e não pecisam que ninguém lhes pague as contas, acotovelam-se para mostrar ao padrasto (E.U.A) que ELES é que são os meninos bonitos e que estão dispostos a tudo para agradar. Mesmo quando o padrasto não lhes pede nada.

    Não foi através do voto que Zelaya foi derrotado, foi impedido de fazer um referendo para uma alteração constituicional onde poderia ser reeleito, imagine-se este atentado à Democracia, num país onde um Presidente não pode ter dois mandatos, caso estranho e único!

    Facto – Zelaya foi deposto por um Golpe de Estado pelas “forças institucionais” – como todos os coup d’etat o são, para dar um caractér de lei e legitimidade, afinal militares, conservadores e banqueiros não gostam da palavra revolução – o qual deu lugar a uma eleição na qual os seus partidários não votaram.

    NB – Ainda assim, alguém sabe os números reais??

    O resto é prosápia mais ou menos desgastante de tão justa quanto falsa, mas que se veste de fato e gravata para, falando direito, defender o dízimo.

  3. Suponho que o Sr Zelaya (chapelão de Barretos) vá se tornar um pária daqui para frente, procurando criar factóides para se manter em evidência.

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